mas gosto mais de lhe chamar uma "pérola". Leiam-na, guardem-na e conservem-na para quando precisarem.
Em matérias de importância, conta mais onde se investiu mais. Em tempo, em carinho, em atenção.
Porque o sistema capitalista é a sociedade onde estamos inseridos e, quer queiramos ou nao, isso reflecte-se em todo o lado.
Já fomos, já deixamos de ser, talvez estejamos de volta. Poderá ser o regresso do mito. O mito que nunca o foi.
quarta-feira, dezembro 27, 2006
sábado, dezembro 23, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
20 mil éguas submarinas
Há uma hora certa que começou a sair gente para a rua. Há uma hora certa que olhas a janela e te recusas a abandonar o quentinho dos cobertores.
5 mil éguas.
Há uma hora certa que a rua fervilha de gentes aos encontrões em outras gentes - metros, autocarros, cafés, conversas, dentes brancos sorridentes, caras cinzentas e fechadas, correrias, atrasos.
10 mil éguas.
Mais tempo, mais gente, mais corrida. Gente que se encontra e se cumprimenta, gente que se desencontra e que não tenta, gente que tenta, desatenta.
15 mil éguas.
Um mundo que gira cheio de gente gira que suspira, que atira ao calhas, tu que falhas ou não falhas, tu que sentes, que te mentes, que desatinas, atas e desatas, tu que estás sem estar.
20 mil éguas.
Afinal, o que te falta?
Súfocas, súbmerges, súbmarinas?
5 mil éguas.
Há uma hora certa que a rua fervilha de gentes aos encontrões em outras gentes - metros, autocarros, cafés, conversas, dentes brancos sorridentes, caras cinzentas e fechadas, correrias, atrasos.
10 mil éguas.
Mais tempo, mais gente, mais corrida. Gente que se encontra e se cumprimenta, gente que se desencontra e que não tenta, gente que tenta, desatenta.
15 mil éguas.
Um mundo que gira cheio de gente gira que suspira, que atira ao calhas, tu que falhas ou não falhas, tu que sentes, que te mentes, que desatinas, atas e desatas, tu que estás sem estar.
20 mil éguas.
Afinal, o que te falta?
Súfocas, súbmerges, súbmarinas?
terça-feira, dezembro 12, 2006
A verdadeira (e trágica) História da CaroCinha e do João Ratão
Era uma vez uma Carochinha de longos cabelos loiros, fruto das madeixas em voga apesar de contrastantes com as sobrancelhas pretas, e compridas unhas arranjadas, daquelas com desenhos de flores e até um "piercing" no indicador da mão esquerda. Andava na casa dos vintes a nossa Carochinha, de revista cor-de-rosa debaixo do braço a caminho da Universidade Religiosa lá do sítio, reconhecida internacionalmente pelo seu prestígio em educação e nacionalmente pelas meninas do género CaroCinha Quintaleco que por lá debutavam.
Ora a nossa CaroCinha, menina polida e bem encabelada pela ajuda das extensões de cabelo natural, não tinha muitas preocupações na sua vida. Quer dizer, até tinha algumas arrelias que tomavam porporções pérfidas na sua artificialmente dourada cabecinha mas, em termos de vida, a coisa até estava bem planeada. Tinha nascido para o sucesso a CaroCinha. Os pais, senhores educados e cultos, haviam-se esmerado por uma educação cheia de princípios e méritos. E mérito não faltava à CaroCinha, tinha até dois - um belo par de méritos - se me faço entender. Esse par de méritos sempre a havia levado pela vida como que flutuando num balão de ar quente (ou quiçá dois!) tranquilamente esvoaçando por cima de dores de cabeça comuns. Assim, estava a nossa CaroCinha prestes a terminar o curso com uma média invejável. E o futuro, que a Deus pertencia, avizinhava-se trazedor de inúmeras e felizes peripécias, todas cor-de-rosa e com cheiro a Grannel Nº5.
Uma dúvida assolava no entanto a cintilante cabeça de CaroCinha: quem iria ser o seu iate do amor, fonte de inesgotável carinhos com a forma de diamantes, parceiro na saúde e na doença tratada nos melhores hospitais, o seu fiel acompanhante contra todas as vicissitudes da vida que por vezes assumem formas verdadeiramente atrozes de porteiros ignorantes que ocasionalmente a barravam à porta das únicas discotecas onde valia a pena entrar? Porque amante-amante ela até já tinha mas o motorista só servia mesmo para as quecas e vamos ser realistas, "amor e uma cabana nem à canzana".
Logo, haveria que arranjar esbelto princípe que a ajudasse com o futuro. Resumidamente, apareceu o otário do Johnny Rater que até era endinheirado apesar de esbelto princípe não ter mais nada e o motorista não se aguentou com os ciúmes. Felizmente já se tinha assinado tudo o que é papelada de comunhão de bens e afins.
Mais uma vez, Taparuere em serviço público de trazer a verdade dos factos a quem deles quer saber!
Ora a nossa CaroCinha, menina polida e bem encabelada pela ajuda das extensões de cabelo natural, não tinha muitas preocupações na sua vida. Quer dizer, até tinha algumas arrelias que tomavam porporções pérfidas na sua artificialmente dourada cabecinha mas, em termos de vida, a coisa até estava bem planeada. Tinha nascido para o sucesso a CaroCinha. Os pais, senhores educados e cultos, haviam-se esmerado por uma educação cheia de princípios e méritos. E mérito não faltava à CaroCinha, tinha até dois - um belo par de méritos - se me faço entender. Esse par de méritos sempre a havia levado pela vida como que flutuando num balão de ar quente (ou quiçá dois!) tranquilamente esvoaçando por cima de dores de cabeça comuns. Assim, estava a nossa CaroCinha prestes a terminar o curso com uma média invejável. E o futuro, que a Deus pertencia, avizinhava-se trazedor de inúmeras e felizes peripécias, todas cor-de-rosa e com cheiro a Grannel Nº5.
Uma dúvida assolava no entanto a cintilante cabeça de CaroCinha: quem iria ser o seu iate do amor, fonte de inesgotável carinhos com a forma de diamantes, parceiro na saúde e na doença tratada nos melhores hospitais, o seu fiel acompanhante contra todas as vicissitudes da vida que por vezes assumem formas verdadeiramente atrozes de porteiros ignorantes que ocasionalmente a barravam à porta das únicas discotecas onde valia a pena entrar? Porque amante-amante ela até já tinha mas o motorista só servia mesmo para as quecas e vamos ser realistas, "amor e uma cabana nem à canzana".
Logo, haveria que arranjar esbelto princípe que a ajudasse com o futuro. Resumidamente, apareceu o otário do Johnny Rater que até era endinheirado apesar de esbelto princípe não ter mais nada e o motorista não se aguentou com os ciúmes. Felizmente já se tinha assinado tudo o que é papelada de comunhão de bens e afins.
Mais uma vez, Taparuere em serviço público de trazer a verdade dos factos a quem deles quer saber!
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Recuperações (Agosto 2005)
Divagações.
Olhava em frente, fixa num qualquer ponto indeterminado. Cliché, não, não é isto que quero. Mas é mais facil assim, esperem só um bocadinho.
(respiro fundo)
A cabeça inclinada sobre um guardanapo de papel onde escrevia fervorosamente. (Fervorosamente... existe? É assim? Palavra feia). A imperial à sua frente ia morrendo, lentamente. A caneta seguia o seu caminho, determinada (gosto!) num papel demasiado fininho para o fervor. Fininho e pequeno, acabou-se. Dobrou-o em quatro depois de ter posto a tampa na caneta e meteu-o no bolso. Agarrou a imperial mas não lhe sentiu o fresco e olhou longamente em volta. A esplanada cheia, entardeceres de verão. (Está a melhorar, mas agora estou a fugir do assunto que me interessa. argh.)
As pessoas em seu redor, estava demasiado longe das suas gentes para ter ali alguém conhecido. E no entanto os rostos não lhe eram estranhos, as vestes, os estilos. Os gestos. As pessoas, na procura da unicidade individual (sim, gosto de redundâncias) será que nos damos conta de que somos mesmo todos iguais? Quer dizer, uma esplanada num entardecer de verão tem rostos parecidos em vestes iguais com gestos repetidos. (Ok, não era por aqui que eu queria ir, não era nada disto que eu queria dizer. Ainda se dá a volta, esperem lá).
De facto as pessoas agarram-se às convicções que criam e mais nada. O papel ficou guardado, duas frases que ressoam: "Em matéria religiosa, não acredita quem quer, acredita quem pode"; "Cria uma reputação confortável e mantém-te nela".
Há coisas que fazem tanto sentido que de repente não fazem sentido nenhum. São daquelas coisas que se acredita mas de que se duvida. Por vontade de duvidar, por necessidade de acreditar.
Pede a conta e paga, a mala ao ombro e a chave do carro na mão. É hora de mudar de poiso, mudar de esplanada. Para outra qualquer igual a esta.
(Não era bem isto não... paciência!)
Olhava em frente, fixa num qualquer ponto indeterminado. Cliché, não, não é isto que quero. Mas é mais facil assim, esperem só um bocadinho.
(respiro fundo)
A cabeça inclinada sobre um guardanapo de papel onde escrevia fervorosamente. (Fervorosamente... existe? É assim? Palavra feia). A imperial à sua frente ia morrendo, lentamente. A caneta seguia o seu caminho, determinada (gosto!) num papel demasiado fininho para o fervor. Fininho e pequeno, acabou-se. Dobrou-o em quatro depois de ter posto a tampa na caneta e meteu-o no bolso. Agarrou a imperial mas não lhe sentiu o fresco e olhou longamente em volta. A esplanada cheia, entardeceres de verão. (Está a melhorar, mas agora estou a fugir do assunto que me interessa. argh.)
As pessoas em seu redor, estava demasiado longe das suas gentes para ter ali alguém conhecido. E no entanto os rostos não lhe eram estranhos, as vestes, os estilos. Os gestos. As pessoas, na procura da unicidade individual (sim, gosto de redundâncias) será que nos damos conta de que somos mesmo todos iguais? Quer dizer, uma esplanada num entardecer de verão tem rostos parecidos em vestes iguais com gestos repetidos. (Ok, não era por aqui que eu queria ir, não era nada disto que eu queria dizer. Ainda se dá a volta, esperem lá).
De facto as pessoas agarram-se às convicções que criam e mais nada. O papel ficou guardado, duas frases que ressoam: "Em matéria religiosa, não acredita quem quer, acredita quem pode"; "Cria uma reputação confortável e mantém-te nela".
Há coisas que fazem tanto sentido que de repente não fazem sentido nenhum. São daquelas coisas que se acredita mas de que se duvida. Por vontade de duvidar, por necessidade de acreditar.
Pede a conta e paga, a mala ao ombro e a chave do carro na mão. É hora de mudar de poiso, mudar de esplanada. Para outra qualquer igual a esta.
(Não era bem isto não... paciência!)
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Os Dias e as Noites (ou as noites nos dias)
Já foi muita coisa sim, menos do que a que há-de vir mas que não sabemos o que é.
Pelo meio muda-se, transforma-se, evolui-se. Em todo o lado, por todos os lados agora, somos postos em cheque. Enconstam-nos à parede, procuram ver de que fibra somos, procuramos responder da forma que achamos e descobrimos que afinal não era bem aquilo.
Um bocadinho de medo, um bocadinho de angústia, um bocadinho de excitação, completamente perdidos à procura de um refúgio ou de uma pausa - mas a corrida ainda agora está a começar.
Por todo o lado procuramos defesas: porque está dificil para todos, porque nunca houve nenhuma geração que tivesse que superar tanto e provar tanta coisa ao mesmo tempo, porque poderia estar pior, olha este e aquele e o outro... E é verdade, é tudo verdade, mas justificar não chega para podermos cruzar os braços e ficar a olhar.
Por outra via, também nunca houve tanta hipótese de escolha e tanta consciência do que somos, do que queremos ser e dos porquês...
E a corrida ainda agora começou. Vamos lá minha gente, que nos enconstem facas à garganta e nos questionem a fibra, que nos provem mil vezes que estamos errados e que (ainda) não somos aquilo que queremos. É para isso que estamos aqui, é por isso que vamos crescer mais e ser melhores do que todos os outros.
(Para toda a minha gente da UCP e o resto da minha gente out-UCP mas com o diploma nas mãos e a olhar para ele com ar interrogativo)
Pelo meio muda-se, transforma-se, evolui-se. Em todo o lado, por todos os lados agora, somos postos em cheque. Enconstam-nos à parede, procuram ver de que fibra somos, procuramos responder da forma que achamos e descobrimos que afinal não era bem aquilo.
Um bocadinho de medo, um bocadinho de angústia, um bocadinho de excitação, completamente perdidos à procura de um refúgio ou de uma pausa - mas a corrida ainda agora está a começar.
Por todo o lado procuramos defesas: porque está dificil para todos, porque nunca houve nenhuma geração que tivesse que superar tanto e provar tanta coisa ao mesmo tempo, porque poderia estar pior, olha este e aquele e o outro... E é verdade, é tudo verdade, mas justificar não chega para podermos cruzar os braços e ficar a olhar.
Por outra via, também nunca houve tanta hipótese de escolha e tanta consciência do que somos, do que queremos ser e dos porquês...
E a corrida ainda agora começou. Vamos lá minha gente, que nos enconstem facas à garganta e nos questionem a fibra, que nos provem mil vezes que estamos errados e que (ainda) não somos aquilo que queremos. É para isso que estamos aqui, é por isso que vamos crescer mais e ser melhores do que todos os outros.
(Para toda a minha gente da UCP e o resto da minha gente out-UCP mas com o diploma nas mãos e a olhar para ele com ar interrogativo)
segunda-feira, dezembro 04, 2006
segunda-feira, novembro 13, 2006
Banana.
Quando eu era pequena a minha mãe obrigava-me a comer bananas. Eu não gostava, nunca gostei e ainda não gosto. Não tenho especial apetite pelo sabor em si, odeio a consistência, dou-me mal a descascá-las, e não curto nada do caroço. Em suma, bananas não são o meu fruto, pensava eu, conhecedora da minha natureza e índole.
Agora estou a trabalhar no sítio que voces sabem, a fazer o que voces sabem e com as condições que voces ouviram falar. Quero pois, como voces também sabem, bazar. Não estou a crescer profissionalmente nem como pessoa, estou a ganhar uma miséria que ainda é paga fora de horas (e se for).
Comunico ao patrão que ah e tal coiso eu tchau. E o homem ah e tal coiso, pera aí.
E eu? Eu péro. Diz ele "ah e tal que sem ti nada e isto coiso e tens que tal." E eu, ah e tal, ok. Pronto.
Perguntas: Significa isto que ele me vai dar valor? Não. Que me vai apreciar? Não. Que vai reconhecer o sentido de responsabilidade? Não. Que vai ficar a dizer ou a achar bem do meu trabalho? Não. Que me vai aumentar? Não. Que me vai pagar a tempo e horas o que me deve? Não.
Se alguma das respostas acima fosse sim, isso era importante para a minha vida ou para o meu futuro? Não.
Então porque fico???
Porque sou BANANA.
Agora estou a trabalhar no sítio que voces sabem, a fazer o que voces sabem e com as condições que voces ouviram falar. Quero pois, como voces também sabem, bazar. Não estou a crescer profissionalmente nem como pessoa, estou a ganhar uma miséria que ainda é paga fora de horas (e se for).
Comunico ao patrão que ah e tal coiso eu tchau. E o homem ah e tal coiso, pera aí.
E eu? Eu péro. Diz ele "ah e tal que sem ti nada e isto coiso e tens que tal." E eu, ah e tal, ok. Pronto.
Perguntas: Significa isto que ele me vai dar valor? Não. Que me vai apreciar? Não. Que vai reconhecer o sentido de responsabilidade? Não. Que vai ficar a dizer ou a achar bem do meu trabalho? Não. Que me vai aumentar? Não. Que me vai pagar a tempo e horas o que me deve? Não.
Se alguma das respostas acima fosse sim, isso era importante para a minha vida ou para o meu futuro? Não.
Então porque fico???
Porque sou BANANA.
Banana.
Quando eu era pequena a minha mãe obrigava-me a comer bananas. Eu não gostava, nunca gostei e ainda não gosto. Não tenho especial apetite pelo sabor em si, odeio a consistência, dou-me mal a descascá-las, e não curto nada do caroço. Em suma, bananas não são o meu fruto, pensava eu, conhecedora da minha natureza e índole.
Agora estou a trabalhar no sítio que voces sabem, a fazer o que voces sabem e com as condições que voces ouviram falar. Quero pois, como voces também sabem, bazar. Não estou a crescer profissionalmente nem como pessoa, estou a ganhar uma miséria que ainda é paga fora de horas (e se for).
Comunico ao patrão que ah e tal coiso eu tchau. E o homem ah e tal coiso, pera aí.
E eu? Eu péro. Diz ele "ah e tal que sem ti nada e isto coiso e tens que tal." E eu, ah e tal, ok. Pronto.
Perguntas: Significa isto que ele me vai dar valor? Não. Que me vai apreciar? Não. Que vai reconhecer o sentido de responsabilidade? Não. Que vai ficar a dizer ou a achar bem do meu trabalho? Não. Que me vai aumentar? Não. Que me vai pagar a tempo e horas o que me deve? Não.
Se alguma das respostas acima fosse sim, isso era importante para a minha vida ou para o meu futuro? Não.
Então porque fico???
Porque sou BANANA.
Agora estou a trabalhar no sítio que voces sabem, a fazer o que voces sabem e com as condições que voces ouviram falar. Quero pois, como voces também sabem, bazar. Não estou a crescer profissionalmente nem como pessoa, estou a ganhar uma miséria que ainda é paga fora de horas (e se for).
Comunico ao patrão que ah e tal coiso eu tchau. E o homem ah e tal coiso, pera aí.
E eu? Eu péro. Diz ele "ah e tal que sem ti nada e isto coiso e tens que tal." E eu, ah e tal, ok. Pronto.
Perguntas: Significa isto que ele me vai dar valor? Não. Que me vai apreciar? Não. Que vai reconhecer o sentido de responsabilidade? Não. Que vai ficar a dizer ou a achar bem do meu trabalho? Não. Que me vai aumentar? Não. Que me vai pagar a tempo e horas o que me deve? Não.
Se alguma das respostas acima fosse sim, isso era importante para a minha vida ou para o meu futuro? Não.
Então porque fico???
Porque sou BANANA.
quinta-feira, novembro 02, 2006
Carta Aberta aos meus Pais
Querida Mãe e Querido Pai:
Hoje páro para pensar na minha vida e no meu futuro. Vou fazer 3 meses nesta nova empresa, depois de 5 meses na antiga e apenas com um intervalo de uma semana. Desde o ano passado que não tenho férias a sério.
O meu começo de vida profissional tem sido agraciado com uma série de descobertas que primam pela sua versatilidade e diferenças. Contudo, esta é a altura de assumir perante ao mundo algo de que comecei a desconfiar relativamente cedo mas que agora não pode ser mais calado: Estou farta de brincar aos adultos. Já não quero ser grande, não quero brincar mais.
Assim sendo, venho por esta via fazer uma proposta aos meus bem-amados progenitores: quero um ano sabático para viajar e escrever.
Um ano entre cá e um qualquer lá, em constante mudança, um ano de passeio e conhecimento do mundo. No entretanto vou escrever um livro que, decerto, será um best-seller mundial. Para tal basta-me escrever um capítulo descritivo acerca das cidades e países com maiores hábitos de leituras: toda a gente vai querer ler um livro mundial onde fale do seu bairro ou do bairro do seu amigo/conhecido. O resto da história não interessa nada.
Se ao fim deste ano sabático não houver escrito nada que se assemelhe a um best-seller mundial, se não conseguir ganhar o prémio nobel da literatura logo no mês seguinte, então queridos pais, vou tirar veterinária. Voltar ao sonho de criança na redescoberta da minha verdadeira vocação.
Entre e durante estes dois projectos, estava a pensar numa renda mensal que desse para pagar as viagens e as saídas à noite e compras de roupa e ainda as entradas de eventos culturais que me servissem de inspiração (tal como a entrada do MOMA em NY ou mesmo a entrada do LUX em LX).
Se por acaso eu não conseguir entrar ou tirar veterinária, então queridos pais, quero partilhas. Não precisam de ser completas pois que sou só uma e viria tudo para mim e o pobre pai ficaria meu empregado. Não, isso não quero, desconfio que tinha que despediro o papá e isso iria custar-me um bocadinho.
Fazemos so partilhas em parte, vende-se um dos montes e da-se-me o dinheiro. Que tal?
Mas isso seria só em última análise, no dark side of a failed life. Por agora é só o ano sabático para me dedicar à escrita, pode ser?
Hoje páro para pensar na minha vida e no meu futuro. Vou fazer 3 meses nesta nova empresa, depois de 5 meses na antiga e apenas com um intervalo de uma semana. Desde o ano passado que não tenho férias a sério.
O meu começo de vida profissional tem sido agraciado com uma série de descobertas que primam pela sua versatilidade e diferenças. Contudo, esta é a altura de assumir perante ao mundo algo de que comecei a desconfiar relativamente cedo mas que agora não pode ser mais calado: Estou farta de brincar aos adultos. Já não quero ser grande, não quero brincar mais.
Assim sendo, venho por esta via fazer uma proposta aos meus bem-amados progenitores: quero um ano sabático para viajar e escrever.
Um ano entre cá e um qualquer lá, em constante mudança, um ano de passeio e conhecimento do mundo. No entretanto vou escrever um livro que, decerto, será um best-seller mundial. Para tal basta-me escrever um capítulo descritivo acerca das cidades e países com maiores hábitos de leituras: toda a gente vai querer ler um livro mundial onde fale do seu bairro ou do bairro do seu amigo/conhecido. O resto da história não interessa nada.
Se ao fim deste ano sabático não houver escrito nada que se assemelhe a um best-seller mundial, se não conseguir ganhar o prémio nobel da literatura logo no mês seguinte, então queridos pais, vou tirar veterinária. Voltar ao sonho de criança na redescoberta da minha verdadeira vocação.
Entre e durante estes dois projectos, estava a pensar numa renda mensal que desse para pagar as viagens e as saídas à noite e compras de roupa e ainda as entradas de eventos culturais que me servissem de inspiração (tal como a entrada do MOMA em NY ou mesmo a entrada do LUX em LX).
Se por acaso eu não conseguir entrar ou tirar veterinária, então queridos pais, quero partilhas. Não precisam de ser completas pois que sou só uma e viria tudo para mim e o pobre pai ficaria meu empregado. Não, isso não quero, desconfio que tinha que despediro o papá e isso iria custar-me um bocadinho.
Fazemos so partilhas em parte, vende-se um dos montes e da-se-me o dinheiro. Que tal?
Mas isso seria só em última análise, no dark side of a failed life. Por agora é só o ano sabático para me dedicar à escrita, pode ser?
segunda-feira, outubro 30, 2006
Desculpas e motivos - Convite
Porque é que temos que ter sempre uma razão para juntar os nossos amigos à roda da fogueira?
Dia 1 de Dezembro é feriado, seguido de fim-de-semana. Parece-me motivo e desculpa mais do que suficiente para vos convidar para irmos passar o big weekend todos juntinhos à roda da lareira (que fogueiras dentro de casa não são aconselháveis).
Assim sendo gostaria de contar com a malta já habitual a estas andaças e ainda algumas estreias. Malta do S. Mateus, dos campos de férias, da escolinha, do mundo - amigos e amigas - baza todos ir?
Gostaria de ter assim uma ideia de gente a achar que sim, que era bacano, que dava, que gostava... de modo que para motivos de approach, um comment a dizer "count me in" ou um mail seria simpatico, para se fazer contas à vida.
Vou mandar mails de convite. a ver se a ideia desenvolve e vai pá frente.
(porque a ideia é boa, o texto tá fracote que eu hoje não tou inspirada).
Dia 1 de Dezembro é feriado, seguido de fim-de-semana. Parece-me motivo e desculpa mais do que suficiente para vos convidar para irmos passar o big weekend todos juntinhos à roda da lareira (que fogueiras dentro de casa não são aconselháveis).
Assim sendo gostaria de contar com a malta já habitual a estas andaças e ainda algumas estreias. Malta do S. Mateus, dos campos de férias, da escolinha, do mundo - amigos e amigas - baza todos ir?
Gostaria de ter assim uma ideia de gente a achar que sim, que era bacano, que dava, que gostava... de modo que para motivos de approach, um comment a dizer "count me in" ou um mail seria simpatico, para se fazer contas à vida.
Vou mandar mails de convite. a ver se a ideia desenvolve e vai pá frente.
(porque a ideia é boa, o texto tá fracote que eu hoje não tou inspirada).
segunda-feira, outubro 23, 2006
coisas que marcam
Histeria total na perspectiva do fim-de-semana que se avizinha. Sim, sim, eu sei que ainda hoje é segunda-feira mas é que há programas tão bons, tão bons, tão bons, que do bons que são nos deixam assim: a contar as horas, os minutos, os segundos que faltam até passar uma semana quase inteira.
O programa cujo vislumbre de viabilidade faz tremer o meu ser em pura excitação? TRECOS!!
Mais do que isso: o reencontro. Ah, todas as bazófias ditas à boca do trombone, todos os jogos jogados em que se tentaram apurar vencedores, vencidos, heróis, reis e rainhas deste jogo de intelecto. Agora, nesta nova fase em que não nos defrontamos todos os dias, cada jogo de trecos surge como o último, o derradeiro, o grande apurador de todos os superlativos imputados a uma e só uma pessoa (ou equipa, ok, duas pessoas).
Sempre ouvi dizer que ah e tal, aproveita bem o tempo de estudante que depois sentes falta dele. Não sinto muito. Não sinto falta das aulas. Não sinto falta dos testes. Não sinto falta do bar da ucp, nem dos profes, nem dos coleguinhas que perfaziam a minha turma. Não sinto falta dos jantares de turma, não sinto falta das galas das univ's. Sinto falta dos trecos.
Merda. A minha vida universitária resume-se aos trecos. Enfim, são as coisas que marcam. Em calos.
O programa cujo vislumbre de viabilidade faz tremer o meu ser em pura excitação? TRECOS!!
Mais do que isso: o reencontro. Ah, todas as bazófias ditas à boca do trombone, todos os jogos jogados em que se tentaram apurar vencedores, vencidos, heróis, reis e rainhas deste jogo de intelecto. Agora, nesta nova fase em que não nos defrontamos todos os dias, cada jogo de trecos surge como o último, o derradeiro, o grande apurador de todos os superlativos imputados a uma e só uma pessoa (ou equipa, ok, duas pessoas).
Sempre ouvi dizer que ah e tal, aproveita bem o tempo de estudante que depois sentes falta dele. Não sinto muito. Não sinto falta das aulas. Não sinto falta dos testes. Não sinto falta do bar da ucp, nem dos profes, nem dos coleguinhas que perfaziam a minha turma. Não sinto falta dos jantares de turma, não sinto falta das galas das univ's. Sinto falta dos trecos.
Merda. A minha vida universitária resume-se aos trecos. Enfim, são as coisas que marcam. Em calos.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Eles levantam-se contentes e de dedo espetado, sabedores da vida e da experiência, autênticos D. Sebastiões salvadores com os bolsos cheios de dinheiro.
Nós vemos e apontamos, dizemos que é disto e daquilo e do outro e de mais não sei o quê e nunca nos preocupamos em ir averiguar a verdade.
Eles exigem e prometem, nós dizemos que sim e ouvimos e vemos, se faz é porque ficou mal feito, se não faz, menos trabalho, não fez mesmo.
Eles não sabem que pertecem a eles. Sabem que deixaram de ser nós mas acham todos que são diferentes dos outros eles e nós, nós pra nós sabemos que eles são todos iguais e nunca nos preocupamos em saber se nós somos diferentes.
Nós se fossemos eles éramos eles mesmo. E eles, se fossem nós, será que também eram mesmo nós? É que sim, eles são um bocadinho mais do que nós porque já foram nós mas passaram a ser eles por vontade própria. Nós nunca deixamos de ser nós (pelo menos ainda!) e continuamos exactamente com a postura do nós que os critica.
E agora?
(pa kem n percebeu nada vá a www.meu-mundo-cor-de-rosa.blogspot.com e leia os comentários do último post q eu escrevi e se mesmo assim não perceber... bem, então que vá comer palha!)
Nós vemos e apontamos, dizemos que é disto e daquilo e do outro e de mais não sei o quê e nunca nos preocupamos em ir averiguar a verdade.
Eles exigem e prometem, nós dizemos que sim e ouvimos e vemos, se faz é porque ficou mal feito, se não faz, menos trabalho, não fez mesmo.
Eles não sabem que pertecem a eles. Sabem que deixaram de ser nós mas acham todos que são diferentes dos outros eles e nós, nós pra nós sabemos que eles são todos iguais e nunca nos preocupamos em saber se nós somos diferentes.
Nós se fossemos eles éramos eles mesmo. E eles, se fossem nós, será que também eram mesmo nós? É que sim, eles são um bocadinho mais do que nós porque já foram nós mas passaram a ser eles por vontade própria. Nós nunca deixamos de ser nós (pelo menos ainda!) e continuamos exactamente com a postura do nós que os critica.
E agora?
(pa kem n percebeu nada vá a www.meu-mundo-cor-de-rosa.blogspot.com e leia os comentários do último post q eu escrevi e se mesmo assim não perceber... bem, então que vá comer palha!)
terça-feira, outubro 03, 2006
A saga do pêlo varrido
Sempre nos disseram que o tempo tudo cura – mas nunca nos dizem quanto tempo é. Já lá vai mais do que o tempo que achei que ia ser suficiente mas continua a doer-me na alma olhar para um qualquer feixe de luz que espreita incauto pelas frisas da persiana e não vislumbrar um ou dois pêlos amarelo-reluzente a boiar no ar agitado por uma cauda-chicote.
O dia decisivo: “toma lá 2 pares de calças, um livro e dá cá o cão. Agora trabalhas e não tens tempo para ele”. E não tinha, e não tenho, e fiquei lida e vestida, escrava capitalista cavando com as mãos o meu lugar ao sol e sem cão. Agora sinto-lhe a falta no pêlo – sinto-lhe até a falta do pêlo e os dias passam cinzentos apenas mais animados pela voz meiguinha da minha paulinha – Gabriela Paulinha dos Santos (GPS) que me vai dizendo em doce tom autoritário “vire à esquerda” “Vire à direita” enquanto eu lhe desabafo minhas mágoas e dores. Ela ouve e comenta “Na rotunda siga em frente, segunda saída” e eu sei que neste tom de quem manda está o segredo da vida que continua. A minha Paulinha tem razão, para a frente é que é caminho mas é ao lado (a 200km para o lado!) que o meu cão saltita e pulula alegre e feliz, perseguindo ovelhas e galinhas enquanto os meus dias continuam sem alergias nem pêlos no chão da casa.
Um dia destes vou-te buscar de volta – assim que tiver tempo de novo!
O dia decisivo: “toma lá 2 pares de calças, um livro e dá cá o cão. Agora trabalhas e não tens tempo para ele”. E não tinha, e não tenho, e fiquei lida e vestida, escrava capitalista cavando com as mãos o meu lugar ao sol e sem cão. Agora sinto-lhe a falta no pêlo – sinto-lhe até a falta do pêlo e os dias passam cinzentos apenas mais animados pela voz meiguinha da minha paulinha – Gabriela Paulinha dos Santos (GPS) que me vai dizendo em doce tom autoritário “vire à esquerda” “Vire à direita” enquanto eu lhe desabafo minhas mágoas e dores. Ela ouve e comenta “Na rotunda siga em frente, segunda saída” e eu sei que neste tom de quem manda está o segredo da vida que continua. A minha Paulinha tem razão, para a frente é que é caminho mas é ao lado (a 200km para o lado!) que o meu cão saltita e pulula alegre e feliz, perseguindo ovelhas e galinhas enquanto os meus dias continuam sem alergias nem pêlos no chão da casa.
Um dia destes vou-te buscar de volta – assim que tiver tempo de novo!
segunda-feira, setembro 25, 2006
S. Mateus 2006
Mais um fim-de-semana repleto de aprendizagens, vivências, choros e alegrias, cânticos afinados entoados em plena rouquidão.
Deste ano fica:
- uma lona marca land-rover para a eternidade abandonada no meu quintal, trazida pelos dentes aguçados de um rafeiro abandonado.
- a falta de bonés gentilmente oferecidos por marroquinos ensonados
- o hélio, esse grande amigo novo que nos vai acompanhar num futuro mais ou menos longíquo, mas certos de que voltará a ter um papel importante nas nossas vidas
- os noivados que não sã0 namoros e em que uma mão dada é mais preciosa do que um belo melo ou mesmo uma noite de sexo selvagem
- os carroceis novos que até são engraçadinhos mas não tão reguilas como pareciam
- os trecos, que quando não tem um treino fixo, consistente e coerente, nos atraiçoam
- as dores musculares nas pernas das correrias por causa do frio
- as dores musculares nos abdominais que, à falta de outro motivo aparente, devem ser dos ataques de riso,
- e mais coisas que agora não me lembro
A todos os que foram o meu muito obrigado pela companhia, pela alegria, pelas noites e pelos dias, pelas vitórias e pelas derrotas (trecos outra vez!!) e essas coisas todas que vocês já sabeis.
Á minha mãe, excelência na arte de bem receber, muito agradecida por mais um ano com a casa cheia!
Deste ano fica:
- uma lona marca land-rover para a eternidade abandonada no meu quintal, trazida pelos dentes aguçados de um rafeiro abandonado.
- a falta de bonés gentilmente oferecidos por marroquinos ensonados
- o hélio, esse grande amigo novo que nos vai acompanhar num futuro mais ou menos longíquo, mas certos de que voltará a ter um papel importante nas nossas vidas
- os noivados que não sã0 namoros e em que uma mão dada é mais preciosa do que um belo melo ou mesmo uma noite de sexo selvagem
- os carroceis novos que até são engraçadinhos mas não tão reguilas como pareciam
- os trecos, que quando não tem um treino fixo, consistente e coerente, nos atraiçoam
- as dores musculares nas pernas das correrias por causa do frio
- as dores musculares nos abdominais que, à falta de outro motivo aparente, devem ser dos ataques de riso,
- e mais coisas que agora não me lembro
A todos os que foram o meu muito obrigado pela companhia, pela alegria, pelas noites e pelos dias, pelas vitórias e pelas derrotas (trecos outra vez!!) e essas coisas todas que vocês já sabeis.
Á minha mãe, excelência na arte de bem receber, muito agradecida por mais um ano com a casa cheia!
quinta-feira, setembro 21, 2006
é oficial!
2005/2006
2º Semestre
138320010
Estágio de Licenciatura
14
Aprovado
Normal
XOU DÔTÔRA!!!!! JÁ XOU CRESCIDA!! JÁ XOU BUÉ DA GANDE!! ÓH PA MIM TÃO ENORME!!!
2º Semestre
138320010
Estágio de Licenciatura
14
Aprovado
Normal
XOU DÔTÔRA!!!!! JÁ XOU CRESCIDA!! JÁ XOU BUÉ DA GANDE!! ÓH PA MIM TÃO ENORME!!!
quarta-feira, setembro 13, 2006
Inscrições para o S. Mateus
Carissimos:
Estão de novo abertas as inscrições para a grandiosa feira de S. Mateus, acontecimento ansiosamente esperado por todos os quantos já lá foram a primeira vez, razão da existência da rainha da fronteira - e pessoalmente desconfio que é a razão para elvas ter ganho este titulo.
A pensão estrelinha (usualmente conhecida como "casa da sú", menos nesta altura do ano) dispõe-se a abrir portas ao público, pelo menos para o público que preencha os requisitos necessários que serão descritos em breve.
Lamentavelmente, e por questões de disponibilidade de tempo, este ano o evento será mais restrito (que eu ja não tenho vida para isto).
Acessórios indispensáveis:
- saco-cama
- objectos pessoais (toalha de banho incluida)
- preparação económica para ir jantar fora, não sei se um dia, se dois se três, depende da disponibilidade da cozinheira de serviço (vulgarmente conhecida durante o ano como minha mãe/tia xixão)
- figado em razoável estado para aguentar mais um fim-de-semana sem precalços
- o mínimo de juízo, só o mínimo indespensável para eu não ter que ir às 4h da manhã buscar alguém ao hospital porque entrou em coma alcoolica).
O fds de são mateus vai ser 22 (sexta-feira e partida de lisboa ao fim da tarde), 23 e 24 (domingo e regresso a lisboa). No fim de semana seguinte continua a festa mas já não em minha casa porque ah e tal parece que há uma pessoa que faz anos nesse fim de semana e pronto, cortaram-se-me as vazas para o 2º fds.
Preciso saber quem vai e carros disponíveis. Temos já algumas pessoas confirmadas e outras semi-confirmadas mas que se tão a cagar para o meu blog - o que eu acho mal e me faz pensar se as quero mesmo convidar.
Se houver um tal usuário do blogger a postar neste post como MCM, todas as regras e instruções referidas são para ser cumpridas (tá a ver mãe?? como eu sou boazinha??) e fica desde já o agradecimento a MCM pela hospitalidade, boa vontade, disponibilidade e todas as outras coisas acabadas em "ade".
Um grande bem-haja a esse santo espectacular, LA VAMOS NÒS OUTRA VEZ!!!
Estão de novo abertas as inscrições para a grandiosa feira de S. Mateus, acontecimento ansiosamente esperado por todos os quantos já lá foram a primeira vez, razão da existência da rainha da fronteira - e pessoalmente desconfio que é a razão para elvas ter ganho este titulo.
A pensão estrelinha (usualmente conhecida como "casa da sú", menos nesta altura do ano) dispõe-se a abrir portas ao público, pelo menos para o público que preencha os requisitos necessários que serão descritos em breve.
Lamentavelmente, e por questões de disponibilidade de tempo, este ano o evento será mais restrito (que eu ja não tenho vida para isto).
Acessórios indispensáveis:
- saco-cama
- objectos pessoais (toalha de banho incluida)
- preparação económica para ir jantar fora, não sei se um dia, se dois se três, depende da disponibilidade da cozinheira de serviço (vulgarmente conhecida durante o ano como minha mãe/tia xixão)
- figado em razoável estado para aguentar mais um fim-de-semana sem precalços
- o mínimo de juízo, só o mínimo indespensável para eu não ter que ir às 4h da manhã buscar alguém ao hospital porque entrou em coma alcoolica).
O fds de são mateus vai ser 22 (sexta-feira e partida de lisboa ao fim da tarde), 23 e 24 (domingo e regresso a lisboa). No fim de semana seguinte continua a festa mas já não em minha casa porque ah e tal parece que há uma pessoa que faz anos nesse fim de semana e pronto, cortaram-se-me as vazas para o 2º fds.
Preciso saber quem vai e carros disponíveis. Temos já algumas pessoas confirmadas e outras semi-confirmadas mas que se tão a cagar para o meu blog - o que eu acho mal e me faz pensar se as quero mesmo convidar.
Se houver um tal usuário do blogger a postar neste post como MCM, todas as regras e instruções referidas são para ser cumpridas (tá a ver mãe?? como eu sou boazinha??) e fica desde já o agradecimento a MCM pela hospitalidade, boa vontade, disponibilidade e todas as outras coisas acabadas em "ade".
Um grande bem-haja a esse santo espectacular, LA VAMOS NÒS OUTRA VEZ!!!
quinta-feira, setembro 07, 2006
A saga chega ao fim
Depois do término do estágio dia 3 de Agosto, teria que entregar o relatório do mesmo até dia 18, relatório esse que ficou finalizado dia 14 mas que hoje, hoje e só hoje, o consegui entregar a quem de direito, com todos os requisitos preenchidos.
Causas deste desfasamento temporal? Fecho da instituição para desinfestação; fecho da instituição para férias, férias do tal "quem de direito", ausência desse "quem de direito" do gabinete após o término do período de férias, falta da papelada adjacente que seria obrigatória e impossibilidade de substituição da mesma ou de proceder à entrega sem a referida papelada, burocracias e desorganização. Falta de disponibilidade minha para lá ir todos os dias, ok, ok.
Até ao fim, tudo na mesma. Nem eu poderia acabar o período académico de outra forma!
Já está.
Causas deste desfasamento temporal? Fecho da instituição para desinfestação; fecho da instituição para férias, férias do tal "quem de direito", ausência desse "quem de direito" do gabinete após o término do período de férias, falta da papelada adjacente que seria obrigatória e impossibilidade de substituição da mesma ou de proceder à entrega sem a referida papelada, burocracias e desorganização. Falta de disponibilidade minha para lá ir todos os dias, ok, ok.
Até ao fim, tudo na mesma. Nem eu poderia acabar o período académico de outra forma!
Já está.
segunda-feira, setembro 04, 2006
New Job, first day
Achava eu que ia ficar desempregada agora que acabei o estágio. Preparei-me para tirar as maiores férias da minha vida, ou seja, fiz exercícios musculares ao rabo e às costas e aos braços, prontinha para não mexer uma palha durante umas belas, saudáveis e merecidas férias. Enganei-me, não tardou para que arranjasse emprego, com temor de ir parar de volta á santa terrinha. "Mas o que é? Onde é? O que fazem?" Fui respondendo, é em Xabregas (com ar de quem até sabe onde é Xabregas) e o resto não sei.
Segunda-feira começo às 9h30, segunda-feira lá m'acordei às 8h00, sem saber muito bem como porque isto de férias é trocar horários e isso mais a excitação e o medo, 4h da manhã e não havia meio de pregar olho. Whatever, lá acordei (azuada) lá dei com Xabregas (ah, que bela zona lisboeta!! E a mim é que dizem que venho lá dos montes!!) e cheguei ao escritório onde... o patrão não estava. Acordei às 8h00 para estar cá às 9h00 e o patrão chegou às 15h00. No entretanto fiz amizade com a "mais velha da casa", simpática e com 1 mês e meio de casa. Sim, "a mais velha da casa".
Os computadores estão velhos e obsoltetos... foi uma saga entre PCU que trabalhava, monitor que não, rato que às vezes, teclado que servisse. Sgrunf.
E agora a trabalhar. Os pc's não tem música, o servidor é lento demais para se verem os videos do youtube e os do metacafe, abrir apresentações power point de mails engraçados dá direito a bloqueio.
Quem me manda a mim fingir-me desenrascada e auto-suficiente em vez de aceitar as cunhas dos pais como toda a gente faz!!
Segunda-feira começo às 9h30, segunda-feira lá m'acordei às 8h00, sem saber muito bem como porque isto de férias é trocar horários e isso mais a excitação e o medo, 4h da manhã e não havia meio de pregar olho. Whatever, lá acordei (azuada) lá dei com Xabregas (ah, que bela zona lisboeta!! E a mim é que dizem que venho lá dos montes!!) e cheguei ao escritório onde... o patrão não estava. Acordei às 8h00 para estar cá às 9h00 e o patrão chegou às 15h00. No entretanto fiz amizade com a "mais velha da casa", simpática e com 1 mês e meio de casa. Sim, "a mais velha da casa".
Os computadores estão velhos e obsoltetos... foi uma saga entre PCU que trabalhava, monitor que não, rato que às vezes, teclado que servisse. Sgrunf.
E agora a trabalhar. Os pc's não tem música, o servidor é lento demais para se verem os videos do youtube e os do metacafe, abrir apresentações power point de mails engraçados dá direito a bloqueio.
Quem me manda a mim fingir-me desenrascada e auto-suficiente em vez de aceitar as cunhas dos pais como toda a gente faz!!
sábado, agosto 05, 2006
SOS
Minha gente, caros amigos, colegas, compinchas, companheiros e afins:
PRECISA-SE DE AJUDA
Agradecem-se do fundo do coração todas as informações possíveis sobre... RELATÓRIO DE ESTÁGIO.
Quem, o quê, como, quando e porquê. Ok, o porquê é dispensável, o quem será cada um, o quando eu sei - 15 dias após o término do estágio. Preciso de saber é número de páginas "aconselhado" e conteúdo das mesmas. E claro, qualquer aspecto formal que tenha ficado decidido e que certamente me passou ao lado (se há tipo de letra e tamanho obrigatório e isso).
A todos o meu muito obrigado e.. "há coisas que nunca mudam!!"
quinta-feira, agosto 03, 2006
continuo viciada em neopets
para mais informações / registo / diversão e vício carreguem no tigre verde que está nos links, aqui ao lado.
:D
segunda-feira, julho 24, 2006
para quem ainda tinha dúvidas...
É um falso amigo? - Resultados
O seu resultado: Pérola Rara
Não há erro possível, aquele que todos gostariam de ter como amigo é você. Tem o dom de pôr os outros à vontade, de estabelecer rapidamente um forma de cumplicidade. Tem as qualidades do coração que fazem com que, por instinto, os outros confiem em si. Dito isto, você é amável sem ser estúpido. Aliás, os falsos amigos não gostam muito de si, porque lhes mostra muito rapidamente que não é parvo. Mas o seu trunfo principal é saber ser receptivo ao mesmo tempo que mantém uma certa reserva. E isso agrada muito!
http://testes.cultodavida.com/personalidade/2/
O seu resultado: Pérola Rara
Não há erro possível, aquele que todos gostariam de ter como amigo é você. Tem o dom de pôr os outros à vontade, de estabelecer rapidamente um forma de cumplicidade. Tem as qualidades do coração que fazem com que, por instinto, os outros confiem em si. Dito isto, você é amável sem ser estúpido. Aliás, os falsos amigos não gostam muito de si, porque lhes mostra muito rapidamente que não é parvo. Mas o seu trunfo principal é saber ser receptivo ao mesmo tempo que mantém uma certa reserva. E isso agrada muito!
http://testes.cultodavida.com/personalidade/2/
domingo, julho 23, 2006
Momentos.
Está parada, sentada na sala, no mesmo sofá onde se costuma sentar sempre. Por dentro sente que o mundo está prestes a desabar, vítima de um colapso pouco natural e não previsto por nenhum boletim de metereologia. Não houve avisos nem pré-avisos. Talvez tenham havido pistas - o cheiro no ar, o ladrar dos cães. Não lhes ligaste e agora o teu mundo simplesmente não gira como antes.
Mas em redor, tudo continua quieto e sossegado, os cinzeiros limpos, a sala arrumada, as almofadas no sítio certo, tu sentada no lugar de sempre a olhar para a televisão onde o apresentador tenta com previsíveis piadas mascarar os imprevisíveis de um diferido que devia ser directo.
Pensa que podia, num ímpeto de fúria, varrer com o braço tudo o que está em cima da mesa, estilhaçar em cacos cinzeiros e molduras, estilhaçar em cacos a queitude da normalidade que se transpira aqui. E sim, levantas-te, agarras no cinzeiro e zás! Parede com ele! Mil pedaços voam, mil pedaços aterram no chão recém-varrido.
Rídicula. Sentes-te rídicula. De pé, no meio da sala em ordem, um cinzeiro partido a um canto, uma pequenininha marca que há-de ficar na parede... e mais nada. Mais nada.
Ah, esses ímpetos holliwoodescos - se ao menos houvesse uma câmara de filmar, a imagem em slow motion como a viste na tua mente, acompanhada de uma música de catárse... mas não. Nada. Rídicula, sente-se rídicula.
Pior, lembras-te que alguém vai ter que apanhar o resto do cinzeiro, sabes que vais ter que ser tu. Cozinha, outro cinzeiro, acende-se um cigarro, senta-se no sofá. De volta à quietude, à arrumação tranquila - ao lado, uma nota desafinada mas que ninguém se apercebeu. Só isso.
As mãos tremem-te, fazem tremelicar o cigarro que seguras, as lágrimas presas, as vozes lá fora, os carros que passam mais ou menos tranquilos, a tua respiração ofegante. Tu procuras uma catárse que simplesmente não se encaixa na tua vida. Quando te perguntarem pelo cineziro responderás que se partiu, que estavas a arrumar a sala e que se partiu. E é tudo.
Mais nada - é tudo.
Mas em redor, tudo continua quieto e sossegado, os cinzeiros limpos, a sala arrumada, as almofadas no sítio certo, tu sentada no lugar de sempre a olhar para a televisão onde o apresentador tenta com previsíveis piadas mascarar os imprevisíveis de um diferido que devia ser directo.
Pensa que podia, num ímpeto de fúria, varrer com o braço tudo o que está em cima da mesa, estilhaçar em cacos cinzeiros e molduras, estilhaçar em cacos a queitude da normalidade que se transpira aqui. E sim, levantas-te, agarras no cinzeiro e zás! Parede com ele! Mil pedaços voam, mil pedaços aterram no chão recém-varrido.
Rídicula. Sentes-te rídicula. De pé, no meio da sala em ordem, um cinzeiro partido a um canto, uma pequenininha marca que há-de ficar na parede... e mais nada. Mais nada.
Ah, esses ímpetos holliwoodescos - se ao menos houvesse uma câmara de filmar, a imagem em slow motion como a viste na tua mente, acompanhada de uma música de catárse... mas não. Nada. Rídicula, sente-se rídicula.
Pior, lembras-te que alguém vai ter que apanhar o resto do cinzeiro, sabes que vais ter que ser tu. Cozinha, outro cinzeiro, acende-se um cigarro, senta-se no sofá. De volta à quietude, à arrumação tranquila - ao lado, uma nota desafinada mas que ninguém se apercebeu. Só isso.
As mãos tremem-te, fazem tremelicar o cigarro que seguras, as lágrimas presas, as vozes lá fora, os carros que passam mais ou menos tranquilos, a tua respiração ofegante. Tu procuras uma catárse que simplesmente não se encaixa na tua vida. Quando te perguntarem pelo cineziro responderás que se partiu, que estavas a arrumar a sala e que se partiu. E é tudo.
Mais nada - é tudo.
terça-feira, julho 18, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
Sinais
Esta altura do ano é capaz de ser umas das melhores para se ter rapidamente a percepção de quem efectivamente tem uma boa qualidade de vida e quem não tem. Porque por aí aldrabões há muito, gente com muita garganta também mas nesta fase do ano só se deixa enganar quem quer.
E porquê? Tem tudo a ver com o penteado. Trigo Limpo, Farinha Amparo. Ah poizé, bébé.
Então reparem, quem vos aparecer à frente cujo cabelo esteja ordenado, penteado, em bom estado, então essa pessoa tem boa qualidade de vida: tem ar condicionado no carro.
Já quem anda por aí com os cabelos desgrenhados, desalinhados e esvoçantes, então é porque têm o carro condicionado ao ar e não há pêlo que aguente a janelinha aberta.
(Este é o meu caso, já agora).
E porquê? Tem tudo a ver com o penteado. Trigo Limpo, Farinha Amparo. Ah poizé, bébé.
Então reparem, quem vos aparecer à frente cujo cabelo esteja ordenado, penteado, em bom estado, então essa pessoa tem boa qualidade de vida: tem ar condicionado no carro.
Já quem anda por aí com os cabelos desgrenhados, desalinhados e esvoçantes, então é porque têm o carro condicionado ao ar e não há pêlo que aguente a janelinha aberta.
(Este é o meu caso, já agora).
sábado, julho 15, 2006
sexta-feira, julho 07, 2006
hum...com licença?
Já passou tanto tempo e tanta coisa que fiquei na dúvida, será que há direito de postar no taparuere? Isto de ser administrador é pior que ser dono de um supermercado, há que seguir 1 500 regras para saber se se pode algo...
Enfim, pode-se? ;D
Enfim, pode-se? ;D
quinta-feira, julho 06, 2006
pequenininha nota em jeito de especulação
Ontem, antes do jogo, perguntei a alguém se achava que nós iamos ganhar. Um senhor mais velho, andei a recolher opiniões de gente que supostamente é mais credível, um tipo informado.
Ele respondeu-me qualquer coisa do tipo: "Acho que não nos vão deixar ganhar porque Portugal é um país demasiado pequeno para os interesses económicos que estão por detrás do Mundial. Para teres noção do quanto um país é afectado pelo Mundial, há dados que mostram que os vencedores sofrem até um aumento no PIB".
E eu pensei, "tretas! cá está mais um demasiado marcado pelo 25 de Abril e com a vitimização a salvaguardar-lhe o orgulho."
Mas depois vi o jogo. E vi a arbitragem.
Já não digo nada, fiquei só com a bela frase do senhor a martelar-me o espírito.
Ele respondeu-me qualquer coisa do tipo: "Acho que não nos vão deixar ganhar porque Portugal é um país demasiado pequeno para os interesses económicos que estão por detrás do Mundial. Para teres noção do quanto um país é afectado pelo Mundial, há dados que mostram que os vencedores sofrem até um aumento no PIB".
E eu pensei, "tretas! cá está mais um demasiado marcado pelo 25 de Abril e com a vitimização a salvaguardar-lhe o orgulho."
Mas depois vi o jogo. E vi a arbitragem.
Já não digo nada, fiquei só com a bela frase do senhor a martelar-me o espírito.
quarta-feira, julho 05, 2006
Aprendam com quem sabe
http://www.youtube.com/watch?v=jZrl6y3J2fg&search=amo%20a%20laura
Uma autêntica pérola em todos os sentidos.
Uma autêntica pérola em todos os sentidos.
terça-feira, julho 04, 2006
domingo, julho 02, 2006
fases da vida ou faces da vida?
O título não tem muito a ver mas estou algo desconexa hoje.
A ver se faço passar o meu ponto que até é algo pertinente, parece-me.
By the way, este vai ser um post sério e portanto, provavelmente, algo secante:
Quando somos novos aceitamos o mundo sem perguntar. Estamos só a ver o funcionamento das coisas e pronto. Vou-me cingir a um assunto em concreto para me ser mais facil expôr o raciocínio:
Miúdos pequenos papam literalmente todos os dibujos animados da televisão. Eu papava-os, especialmente em espanhol porque eram mais giros, porque começavam mais cedo e acabavam mais tarde, enfim.
Sabemos como a televisão funciona, mudar os canais, os que mais gostamos, etc. Mas é só divertimento e passar o tempo, tudo ok.
Depois crescemos um bocadinho e, ocasionalmente vemos alguns pugramas mais sérios. Nesta fase se "disseram na televisão" é quase como a grande verdade. Sinceramente nesta parte questionava-me sobre Deus, se Ele existia e se era assim tão importante, como é que nunca tinha dado na televisão? Enfim, só para nos situarmos em termos de importância.
Depois continuei crescendo, alegre e feliz, e de algum modo (com a ajuda do curso, claro) comecei a ficar desconfiada da tv. Veio a fase da manipulação de informação, de que se aquilo ali estava era para nos enganar e ajudar a criarmos uma imagem distorcida da realidade em prol dos interesses de algum manda-chuva poderoso.
Depois passámos ainda para uma nova fase, a de que a manipulação é parte intrinseca do meio audiovisual a que nos estamos a referir, que é a forma de se comunicar em tv. E que a tv e publicidade sao formas de se fazer dinheiro, sao negocios como outros. Pé atrás mas digamos, um pé atrás mais compreensivo. Portanto, vejo tv por divertimento, sem lhe dar demasiado crédito nem importância, sem estar à sua frente demasiado reaccionária ou contestatária.
Depois de uma atitude passiva, atitude anti-conspiração mundial, vem a atitude de aceitaçao de inevitabilidade de alguns funcionamentos de algumas coisas.
Isto é válido para inúmeras outras situações, até para relações humanas. Há uma altura na nossa vida em que não temos qualquer opinião política, outra em que seguimos a opinião política de alguém, outra em que defendemos e gritamos e brandamos ao mundo a nossa porque temos esse direito e defender a ideologia acima de tudo, bla bla. E finalmente uma atitude em que falamos quando achamos que devemos falar e em que calamos quando achamos que não vale a pena esgotar assim a nossa energia.
Relações humanas, vá, amizade: mais ou menos a mesma coisa. Primeiro somos amigos de quem nos está mais perto, filhos de amigos de pais, pessoal da escola, etc. Depois passamos por uma fase em que só somos amigos de quem escolhemos ser. Agora vem uma fase em que se atura muita gente mas só alguns é que valem a pena. Se os outros sabem disso ou não é indiferente.
Mesmo as atitudes com os amigos, primeiro aceitação total da forma de ser dos outros gaiatinhos lá do infantário, depois críticas e "constatações" de dedo erguido e alta consciência dos nossos deveres e direitos numa amizade. Agora... é relativo. Cada caso é um caso e para cada qual sua atitude ou ausência dela.
Até poderia parecer ao observador desatento que é um regresso à primeira instância mas não se enganem que disso só poderá ter aparência. A atitude sentida é muito diferente, em parte tb devido à segurança que cada um sente deste caminho.
O que acho mais "graça" é falar com gente qse da minha idade, ou mm da minha idade mas que ainda n começou a trabalhar (que me parece q tem influência) e dar-me conta das diferenças de atitude de faixa para faixa, de pessoas próximas para pessoas próximas até.
Perfeitamente legítimo e necessário, perfeitamente legítimo e necessário.
Em gesto de conclusão, só tenho uma coisa adulta e matura a dizer:
"Porque é que há um ecoponto na rua do Manel e na minha não?"
A ver se faço passar o meu ponto que até é algo pertinente, parece-me.
By the way, este vai ser um post sério e portanto, provavelmente, algo secante:
Quando somos novos aceitamos o mundo sem perguntar. Estamos só a ver o funcionamento das coisas e pronto. Vou-me cingir a um assunto em concreto para me ser mais facil expôr o raciocínio:
Miúdos pequenos papam literalmente todos os dibujos animados da televisão. Eu papava-os, especialmente em espanhol porque eram mais giros, porque começavam mais cedo e acabavam mais tarde, enfim.
Sabemos como a televisão funciona, mudar os canais, os que mais gostamos, etc. Mas é só divertimento e passar o tempo, tudo ok.
Depois crescemos um bocadinho e, ocasionalmente vemos alguns pugramas mais sérios. Nesta fase se "disseram na televisão" é quase como a grande verdade. Sinceramente nesta parte questionava-me sobre Deus, se Ele existia e se era assim tão importante, como é que nunca tinha dado na televisão? Enfim, só para nos situarmos em termos de importância.
Depois continuei crescendo, alegre e feliz, e de algum modo (com a ajuda do curso, claro) comecei a ficar desconfiada da tv. Veio a fase da manipulação de informação, de que se aquilo ali estava era para nos enganar e ajudar a criarmos uma imagem distorcida da realidade em prol dos interesses de algum manda-chuva poderoso.
Depois passámos ainda para uma nova fase, a de que a manipulação é parte intrinseca do meio audiovisual a que nos estamos a referir, que é a forma de se comunicar em tv. E que a tv e publicidade sao formas de se fazer dinheiro, sao negocios como outros. Pé atrás mas digamos, um pé atrás mais compreensivo. Portanto, vejo tv por divertimento, sem lhe dar demasiado crédito nem importância, sem estar à sua frente demasiado reaccionária ou contestatária.
Depois de uma atitude passiva, atitude anti-conspiração mundial, vem a atitude de aceitaçao de inevitabilidade de alguns funcionamentos de algumas coisas.
Isto é válido para inúmeras outras situações, até para relações humanas. Há uma altura na nossa vida em que não temos qualquer opinião política, outra em que seguimos a opinião política de alguém, outra em que defendemos e gritamos e brandamos ao mundo a nossa porque temos esse direito e defender a ideologia acima de tudo, bla bla. E finalmente uma atitude em que falamos quando achamos que devemos falar e em que calamos quando achamos que não vale a pena esgotar assim a nossa energia.
Relações humanas, vá, amizade: mais ou menos a mesma coisa. Primeiro somos amigos de quem nos está mais perto, filhos de amigos de pais, pessoal da escola, etc. Depois passamos por uma fase em que só somos amigos de quem escolhemos ser. Agora vem uma fase em que se atura muita gente mas só alguns é que valem a pena. Se os outros sabem disso ou não é indiferente.
Mesmo as atitudes com os amigos, primeiro aceitação total da forma de ser dos outros gaiatinhos lá do infantário, depois críticas e "constatações" de dedo erguido e alta consciência dos nossos deveres e direitos numa amizade. Agora... é relativo. Cada caso é um caso e para cada qual sua atitude ou ausência dela.
Até poderia parecer ao observador desatento que é um regresso à primeira instância mas não se enganem que disso só poderá ter aparência. A atitude sentida é muito diferente, em parte tb devido à segurança que cada um sente deste caminho.
O que acho mais "graça" é falar com gente qse da minha idade, ou mm da minha idade mas que ainda n começou a trabalhar (que me parece q tem influência) e dar-me conta das diferenças de atitude de faixa para faixa, de pessoas próximas para pessoas próximas até.
Perfeitamente legítimo e necessário, perfeitamente legítimo e necessário.
Em gesto de conclusão, só tenho uma coisa adulta e matura a dizer:
"Porque é que há um ecoponto na rua do Manel e na minha não?"
sexta-feira, junho 30, 2006
I've finished the whole course
because I managed to pass at my nightmare - english II. That's why I'm writtinh this in english - like an homenage at my stone in the shoe!!
so, today is the day I'm finally a Drª - I was intending to go party. But I did not. It's almost 1 a.m. and I'm still working in the office... like if I was finishing an oral presentation the day before of have to present it.
Faces may change, names may change - but does life really change?
so, today is the day I'm finally a Drª - I was intending to go party. But I did not. It's almost 1 a.m. and I'm still working in the office... like if I was finishing an oral presentation the day before of have to present it.
Faces may change, names may change - but does life really change?
quinta-feira, junho 22, 2006
Máquina do Tempo - parte I (porque pode vir a haver mais, ou se calhar não)
No princípio do antes do princípio do tempo, portanto, muito antes do princípio que estás a pensar, mesmo mesmo no princípio do tempo - e ainda mais antes do que o princípio que estás a pensar agora - a Luz decidia quem fazer parte doo Espectro e quem deveria ficar de fora. Ora, nesse princípio, o Amarelo já estava com problemas. É que parece que o Verde - já se sabe como o Verde consegue ser - fez, usando todos os meios, com que o Amarelo ficasse de fora. Alguma inveja tonta, não sei. Tenha sido qual foi a causa, o que é certo é que o efeito no Amarelo foi devastador. É precisamente desta história que mais tarde surge a ictrícia, mas já estou a pôr a carroça à frente dos bois.
Voltando, o Amarelo estava devastado. Durante algumas eternidades (porque estamos antes do princípio do princípio do tempo), o Amarelo chorou amareladas lágrimas sucessivas. Em jorro quase. E é daqui que veio a cor do xixi, mas já não estou a pôr os bois à frente da carroça outra vez.
Até que houve um dia em que o Azul ouviu o que se passava entre o Verde e o Amarelo. Ora, o Azul decidiu tomar medidas. Quando encontrou o Verde em boa posição, dirigiu-se-lhe para uma conversa àparte. Azul e Verde. E falaram.
Ora, o Azul fez ver ao Verde que, se Azul e Amarelo se juntassem - não que eles se fossem juntar, mas se se juntassem - poderiam fazer o seu próprio Verde. Uma ameaça gentil numa conversa séria.
O Verde respondeu: "Oohh" com ar até algo surpreendido mas compreendeu o que se estava a passar.
Por uma mudança de humor pouco inesperada para alguns, o Verde falou com a Luz para que o Amarelo pudesse fazer parte do Espectro. E o Amarelo entrou. Tudo resultou bem, houve uma divisão diplomática e justa, regida pelo Azul. Assim, o Verde ficou com as limas e o Amarelo com os limões.
Voltando, o Amarelo estava devastado. Durante algumas eternidades (porque estamos antes do princípio do princípio do tempo), o Amarelo chorou amareladas lágrimas sucessivas. Em jorro quase. E é daqui que veio a cor do xixi, mas já não estou a pôr os bois à frente da carroça outra vez.
Até que houve um dia em que o Azul ouviu o que se passava entre o Verde e o Amarelo. Ora, o Azul decidiu tomar medidas. Quando encontrou o Verde em boa posição, dirigiu-se-lhe para uma conversa àparte. Azul e Verde. E falaram.
Ora, o Azul fez ver ao Verde que, se Azul e Amarelo se juntassem - não que eles se fossem juntar, mas se se juntassem - poderiam fazer o seu próprio Verde. Uma ameaça gentil numa conversa séria.
O Verde respondeu: "Oohh" com ar até algo surpreendido mas compreendeu o que se estava a passar.
Por uma mudança de humor pouco inesperada para alguns, o Verde falou com a Luz para que o Amarelo pudesse fazer parte do Espectro. E o Amarelo entrou. Tudo resultou bem, houve uma divisão diplomática e justa, regida pelo Azul. Assim, o Verde ficou com as limas e o Amarelo com os limões.
sábado, junho 17, 2006
"Há pessoas que nunca têm dores de cabeça"
Diz ela com ar seguro enquanto abana a própria cabeça dorida para cima e para baixo. Eu olho incrédula. Como é possível?
Tento explicar-lhe, entre o assombro e a certeza, "Jodi, isso é um mito urbano. Não existe tal coisa... there is no such thing!"
E ela continua com ar seguro e cabeça dorida afirmativa: "É verdade é..."
Não, tu conheces alguém assim?
Não, mas que as há, há.
Não não há. Isso é mito urbano, é sempre a amiga da prima da vizinha da amiga da tia que mora ao lado de uma amiga que ouviu falar de alguém... nunca há nomes, nunca há cidades, nunca há nenhum dado concreto. É o diz que disse, é mito urbano. Toda a gente já ouviu falar mas nunca ninguém viu.
Hum... olha que não. Qual é o interesse de um mito destes?
É para "eles" nos mostrarem a sua superioridade fisica, para nós pensarmos que há gente muito melhor que nós, tão melhor que nós que nem têm dores de cabeça. E depois ficamos tristes e vazios, e pensamos, que vida é a nossa, porque é que isto me acontece a mim, porque é que não sou como os outros que não tem dores de cabeça, que têm boas vidas, muitos amigos, saem muito para clubes vip's, bons ordenados, bons carros pagos pela empresa com combustivel incluido, telemoveis idem idem... e ficamos acomodados porque eles são tão melhores que nem têm dores de cabeça, que podemos nós fazer contra isso? Estamos condenados... e cremos nisso e não vemos que nos estão a enrolar, a enganar e que assim nos controlam!!
Dói-me a cabeça. Vou-me deitar.
...
Tento explicar-lhe, entre o assombro e a certeza, "Jodi, isso é um mito urbano. Não existe tal coisa... there is no such thing!"
E ela continua com ar seguro e cabeça dorida afirmativa: "É verdade é..."
Não, tu conheces alguém assim?
Não, mas que as há, há.
Não não há. Isso é mito urbano, é sempre a amiga da prima da vizinha da amiga da tia que mora ao lado de uma amiga que ouviu falar de alguém... nunca há nomes, nunca há cidades, nunca há nenhum dado concreto. É o diz que disse, é mito urbano. Toda a gente já ouviu falar mas nunca ninguém viu.
Hum... olha que não. Qual é o interesse de um mito destes?
É para "eles" nos mostrarem a sua superioridade fisica, para nós pensarmos que há gente muito melhor que nós, tão melhor que nós que nem têm dores de cabeça. E depois ficamos tristes e vazios, e pensamos, que vida é a nossa, porque é que isto me acontece a mim, porque é que não sou como os outros que não tem dores de cabeça, que têm boas vidas, muitos amigos, saem muito para clubes vip's, bons ordenados, bons carros pagos pela empresa com combustivel incluido, telemoveis idem idem... e ficamos acomodados porque eles são tão melhores que nem têm dores de cabeça, que podemos nós fazer contra isso? Estamos condenados... e cremos nisso e não vemos que nos estão a enrolar, a enganar e que assim nos controlam!!
Dói-me a cabeça. Vou-me deitar.
...
quarta-feira, junho 07, 2006
são os tempos modernos..!
Olho em volta no escritório. 3 homens para 20 mulheres. Eles mandam, são os big bosses. Mas elas não são mandadas não. Elas são o segredo e a força da empresa, sabem-no e exigem tratamento respectivo. Elas tem o poder, eles o dinheiro. No fundo eles são um bocado pau mandado delas. São elas que são boas, as profissionais, as competentes, as exigentes com elas proprias e com o mundo. São elas que tem pulso forte, que não tem medo de levantar cabelo, de fazer e acontecer e andar para a frente.
Claro, são também elas que entram no escritório às 8h00 e saiem às 21h00 ou mais tarde. São elas que não são casadas nem mães apesar de rondarem os 30, 40 anos. São elas que gritam ao mundo a bandeira da modernidade cosmopolita em que o sucesso profissional e uma casa ao estilo nipónico são o objectivo de vida.
Depois há os copos nos sábados à noite com os amigos em que se jogam influências profissionais e há as quecas ao estilo dos livros de Margarida Rebelo Pinto.
Claro, são também elas que entram no escritório às 8h00 e saiem às 21h00 ou mais tarde. São elas que não são casadas nem mães apesar de rondarem os 30, 40 anos. São elas que gritam ao mundo a bandeira da modernidade cosmopolita em que o sucesso profissional e uma casa ao estilo nipónico são o objectivo de vida.
Depois há os copos nos sábados à noite com os amigos em que se jogam influências profissionais e há as quecas ao estilo dos livros de Margarida Rebelo Pinto.
terça-feira, junho 06, 2006
Deixem jogar o Mantorras!
Porque o bom filho sempre à casa entorna, cá estou eu, entornada.
Semana e fim-de-semana especialmente atarefados, tanto tanto que perdi mesmo a loção do tempo! Mas correu bem, tão bem tão bem que posso adiantar que sim, as galinhas já tem dentes. Pelo menos as "minhas".
Depois foi o festejar, tal e qual gata borracheira. Ah, mas claro, com uma bela carta na tanga - o carro na revisão, desculpem lá pessoal, esta noite alguém tem que me dar boleia de ida e volta. Tá fêto! Mas boleia selectiva, tenham lá calma que a conversa ainda não chegou na coisinha!
Enfim, senti-me tal e qual como "Dona Flor e os seus dois bandidos", acabou foi cedo que hoje é dia de trabalho. O dia de folga foi passado na loja do cidadão, uma alegria. Enfim, lá recuperei a minha identidade oficial e mais uma série de documentos que provam que eu sou quem eu acho que sou. Acabaram-se os problemas de identidade, por agora. Com a vantagem que cresci um centímetro!! (À pala de muita conversa dar ao senhor funcionário... não foi nada fácil conquistar o meu metro e 65).
Pronto, agora que recuperei a minha identidade, aviso já para não aceitarem limitações. O blog é este, a pessoa sú eu.
Quanto a outras coisas que até poderia continuar a contar-vos, lamento: prometi que a minha boca seria um túmulo e se não fosse, se o pessoal soubesse que eu vos contava assim, eles iam-me suicidar. Pronto, está bem, estou feita um cão com o nabo no meio das pernas.
Bom bom é chegar-se ao fim do mês e receber o salário sem ser em cheque pré-deitado.
E agora só falta arranjar um príncipe encarnado para eu ser a sua mula inspiradora. Ou então não! ;)
E claro - a frase do dia - DEIXEM JOGAR O MANTORRAS!
Semana e fim-de-semana especialmente atarefados, tanto tanto que perdi mesmo a loção do tempo! Mas correu bem, tão bem tão bem que posso adiantar que sim, as galinhas já tem dentes. Pelo menos as "minhas".
Depois foi o festejar, tal e qual gata borracheira. Ah, mas claro, com uma bela carta na tanga - o carro na revisão, desculpem lá pessoal, esta noite alguém tem que me dar boleia de ida e volta. Tá fêto! Mas boleia selectiva, tenham lá calma que a conversa ainda não chegou na coisinha!
Enfim, senti-me tal e qual como "Dona Flor e os seus dois bandidos", acabou foi cedo que hoje é dia de trabalho. O dia de folga foi passado na loja do cidadão, uma alegria. Enfim, lá recuperei a minha identidade oficial e mais uma série de documentos que provam que eu sou quem eu acho que sou. Acabaram-se os problemas de identidade, por agora. Com a vantagem que cresci um centímetro!! (À pala de muita conversa dar ao senhor funcionário... não foi nada fácil conquistar o meu metro e 65).
Pronto, agora que recuperei a minha identidade, aviso já para não aceitarem limitações. O blog é este, a pessoa sú eu.
Quanto a outras coisas que até poderia continuar a contar-vos, lamento: prometi que a minha boca seria um túmulo e se não fosse, se o pessoal soubesse que eu vos contava assim, eles iam-me suicidar. Pronto, está bem, estou feita um cão com o nabo no meio das pernas.
Bom bom é chegar-se ao fim do mês e receber o salário sem ser em cheque pré-deitado.
E agora só falta arranjar um príncipe encarnado para eu ser a sua mula inspiradora. Ou então não! ;)
E claro - a frase do dia - DEIXEM JOGAR O MANTORRAS!
sexta-feira, junho 02, 2006
ditado adaptado aos tempos modernos
"Presunção e água benta, cada um toma a que quiser" e a que o padre deixar, previamente acordado segundo donativos, patrocinios, associações de visibilidade e notoriedade, etc.
quinta-feira, junho 01, 2006
ah e tal, ah e tal
mas o que é certo e garantido é que quando se chega a hora, espera lá que afinal, é que não é, foi que não foi, mas é que já não é bem o que foi portanto vê lá isso como é que é.
E às tantas uma pessoa pára e pensa e percebe que há todo um conjunto de certas e determinadas situações, alguns acontecimentos e ouve la que já não sei. E depois não há bússolas nem mapas nem caminhos, há só o que fica do que veio e passou.
mas pronto, depois há sempre aquilo ou o resto e pronto, venha de lá o que vier e a seguir mais também, tem é que haver isto porque depois até se aguenta o que não se aguenta.
Pronto.
E às tantas uma pessoa pára e pensa e percebe que há todo um conjunto de certas e determinadas situações, alguns acontecimentos e ouve la que já não sei. E depois não há bússolas nem mapas nem caminhos, há só o que fica do que veio e passou.
mas pronto, depois há sempre aquilo ou o resto e pronto, venha de lá o que vier e a seguir mais também, tem é que haver isto porque depois até se aguenta o que não se aguenta.
Pronto.
segunda-feira, maio 22, 2006
Ironias da Vida
Começo da vida profissional. "Ah e tal, e vais ganhar o teu salário, ser independente, blá blá blá". Chega o primeiro salário, pequeno demais para os pápás poderem retirar a mesada. Menos mal, num só mês recebo a mesada e um salário e meio. Nunca a minha conta havia estado tão recheada, sinto-me rica, faço planos de compras, até parece que ganhei o euromilhões.
O mês começa, o trabalho recomeça. Ocupação? 25 horas por dia, 9 dias por semana e ainda horas extra se for preciso. Por mim encantada, gosto disto. Mas as compras planeadas não se traduzem em frutos, não há tempo para se ir a um centro comercial.
Hoje é dia 22. Do que tinha planeado nada comprei. Em compensação gasto muito mais em gasolina, telémovel (sim, há-de ser pago mas ainda não foi!), almoços fora de casa. Hoje é dia 22. A minha independencia económica, no mês em que recebo mais do que o dobro habitual, resume-se a 30 euros.
Paizinho... acho que vou precisar de mais dinheiro... É que parece que estou a pagar para vir trabalhar :-x
O mês começa, o trabalho recomeça. Ocupação? 25 horas por dia, 9 dias por semana e ainda horas extra se for preciso. Por mim encantada, gosto disto. Mas as compras planeadas não se traduzem em frutos, não há tempo para se ir a um centro comercial.
Hoje é dia 22. Do que tinha planeado nada comprei. Em compensação gasto muito mais em gasolina, telémovel (sim, há-de ser pago mas ainda não foi!), almoços fora de casa. Hoje é dia 22. A minha independencia económica, no mês em que recebo mais do que o dobro habitual, resume-se a 30 euros.
Paizinho... acho que vou precisar de mais dinheiro... É que parece que estou a pagar para vir trabalhar :-x
segunda-feira, maio 15, 2006
perigos reais:
Há pessoas e pessoas. Amigos e amigos. Interesses e interesses. Por esta ordem de pensamento, há perguntas e perguntas, respostas e respostas, e uma grande confusão quando o pretendido era a resposta 1 e recebemos a resposta 2, porque a pergunta foi confundida com a outra pergunta. Ou melhor, é tudo uma questão de sentido.
Não entrem em pânico já nem se baralhem, isto sou só eu a enrolar. Traduzindo, é uma chatice quando fazemos uma pergunta de cortesia e nos respondem com uma resposta de interesse.
Imaginem um casamento, acontecimento propício a todo este desenrolar de aborrecimento. Imaginem uma pessoa que vocês conhecem mais ou menos (costumam vê-la de acontecimento oficial em acontecimento oficial) e vocês perguntarem-lhe, "então? tudo bem?". A resposta que queremos ouvir é "Sim, e contigo?". Depois respondemos, "Também... até já!" e fazemos aquele sorriso oficial destes eventos oficiais e seguimos caminho. É fácil. É rápido. É indolor.
O que pode correr mal? Que o interpelado confunda a pergunta de cortesia com uma pergunta de interesse. E depois é uma chatice. Lá começa a desenrolar um fio de acontecimentos de uma vida que pouco nos interessa, perde-se em pormenores de gentes e nomes que não nos dizem nada, alonga-se em imprevistos passados em terras onde nunca estivemos. E nós? Sorrimos corajosamente enquanto a nossa mente divaga por terrenos inóspitos, tentado manter o ar de interesse e concentração. A chatice? Quando nos perguntam o que achamos. A saída é facil, normalmente dizer-se "Pois tem razão, é incrivel, é incrivel." Dá sempre. Ou então "Depende" mas esta deixa normalmente implica uma sustentação argumentativa.
Agora que já sabem a solução a este imbróglio, peço-vos, tenham cuidado quando vos fizerem uma pergunta. Não confundam cortesia com interesse. E se acharam que não confundiram, ponham-se alerta se vos responderem "Pois tem razão, é incrivel, é incrivel!"...
Não entrem em pânico já nem se baralhem, isto sou só eu a enrolar. Traduzindo, é uma chatice quando fazemos uma pergunta de cortesia e nos respondem com uma resposta de interesse.
Imaginem um casamento, acontecimento propício a todo este desenrolar de aborrecimento. Imaginem uma pessoa que vocês conhecem mais ou menos (costumam vê-la de acontecimento oficial em acontecimento oficial) e vocês perguntarem-lhe, "então? tudo bem?". A resposta que queremos ouvir é "Sim, e contigo?". Depois respondemos, "Também... até já!" e fazemos aquele sorriso oficial destes eventos oficiais e seguimos caminho. É fácil. É rápido. É indolor.
O que pode correr mal? Que o interpelado confunda a pergunta de cortesia com uma pergunta de interesse. E depois é uma chatice. Lá começa a desenrolar um fio de acontecimentos de uma vida que pouco nos interessa, perde-se em pormenores de gentes e nomes que não nos dizem nada, alonga-se em imprevistos passados em terras onde nunca estivemos. E nós? Sorrimos corajosamente enquanto a nossa mente divaga por terrenos inóspitos, tentado manter o ar de interesse e concentração. A chatice? Quando nos perguntam o que achamos. A saída é facil, normalmente dizer-se "Pois tem razão, é incrivel, é incrivel." Dá sempre. Ou então "Depende" mas esta deixa normalmente implica uma sustentação argumentativa.
Agora que já sabem a solução a este imbróglio, peço-vos, tenham cuidado quando vos fizerem uma pergunta. Não confundam cortesia com interesse. E se acharam que não confundiram, ponham-se alerta se vos responderem "Pois tem razão, é incrivel, é incrivel!"...
terça-feira, maio 09, 2006
Urgências no mundo profissional
Os escritórios estavam maioritariamente silenciosos. Um toque de telefone, uma voz suave de secretária. O ritmico bater de teclados, passos atarefados que se cruzam em corredores brilhantes e encerados e se perdem ao longe no tinir do elevador.
De súbito sente-se a dor urgente que reclama atenção. Os passos são curtos mas apressados tentando imiscuir-se daquele apressar profissional que ecoa em todo o edificio. O olhar furtivo para os dois lados, "será que alguém me vai ver entrar para a casa-de-banho?"
O alívio sufocante, os sons que se tentam dissimular. Lá fora há os mesmos passos, os mesmos telefones que tocam. Talvez o mundo continue a girar igual lá fora. O escoamento! Finalmente! O cheiro habitual sobe e envolve, a cara é de um alívio sem precedentes. A água fria produz um choque, a cara continua relaxada. A porta. O trinco. Põe-se a máscara empedrada que reflecte um misto de pressa e preocupação, encarreira-se nos passos apressados e decididos e para trás fica o cheiro como testemunho do alívio de quem cagou e bem!
Agora, só uma dúvida substancial se faz sentir... "Quem será a proxima pessoa do escritório a entrar na casa-de-banho? E saberá que fui eu que lá estive antes?"
De súbito sente-se a dor urgente que reclama atenção. Os passos são curtos mas apressados tentando imiscuir-se daquele apressar profissional que ecoa em todo o edificio. O olhar furtivo para os dois lados, "será que alguém me vai ver entrar para a casa-de-banho?"
O alívio sufocante, os sons que se tentam dissimular. Lá fora há os mesmos passos, os mesmos telefones que tocam. Talvez o mundo continue a girar igual lá fora. O escoamento! Finalmente! O cheiro habitual sobe e envolve, a cara é de um alívio sem precedentes. A água fria produz um choque, a cara continua relaxada. A porta. O trinco. Põe-se a máscara empedrada que reflecte um misto de pressa e preocupação, encarreira-se nos passos apressados e decididos e para trás fica o cheiro como testemunho do alívio de quem cagou e bem!
Agora, só uma dúvida substancial se faz sentir... "Quem será a proxima pessoa do escritório a entrar na casa-de-banho? E saberá que fui eu que lá estive antes?"
terça-feira, maio 02, 2006
quarta-feira, abril 26, 2006
Não sei se voltei
mas é verdade que estava a ficar com saudades disto. Andei por aí a cuscar uns blogs alheios e olha, deu-se-me a nostalgia. A verdade é que agora não me dá jeito nenhum ficar viciada nisto outra vez, já trabalho e tenho sempre mil e uma coisas para fazer... E se os meus patrões descobrem que ando por aqui a postar em vez de estar a trabalhar ainda... hum... ainda... me dão uma sova!! Népias, para quem ainda não sabe tive uma sorte descomunal e não podia tar melhor, mais contente, mais entusiasmada e a gostar mais disto do que o que estou.
E tem acontecido umas cenas engraçadas... quando puder conto-as. Por agora olhem... tou a meditar sobre o regresso ou nao. Para todos os efeitos, ainda não sei se voltei.
(E já agora... AMANHÃ FAÇO ANOS!!!)
E tem acontecido umas cenas engraçadas... quando puder conto-as. Por agora olhem... tou a meditar sobre o regresso ou nao. Para todos os efeitos, ainda não sei se voltei.
(E já agora... AMANHÃ FAÇO ANOS!!!)
quinta-feira, março 16, 2006
era uma vez
um barco carregado de ovelhas. As ovelhas estavam contentes e felizes, tinham emigrado de um continente árido e agreste e preparavam-se para chegar a espanha, clima ameno, boa qualidade de vida... parecia perfeito, um bom país para se viver. Contudo, assim que lá chegaram, em vez da espalhafatosa festa esperada foi a desilusão. Os espanhóis já tinham ovelhas que chegassem e estavam à espera de um animal mais excêntrico, mais exótico. Não gostaram portanto das ovelhas e recambiaram-nas de volta.
Pobres ovelhas tristes, tantos sonhos desfeitos, meteram-se de novo no barco e rumo a outro lado. Depois de uma reunião daquelas que duram horas e mais horas, depois de muitos cigarros fumados, discussões mais ou menos infrutíferas, lá decidiram rumar em direcção á austrália. O clima até era melhor e havia cangurus. Quem sabe se não surgiria uma nova espécie cruzada de ovelhas e cangurus? ovelharu. ou canguruvelha. Logo se veria. De novo o ânimo lhes corre pelas veias e ála que se faz tarde.
Chegadas á australia nova desilução. Ao invés de esbeltos e saltitantes cangurus, todos eles estavam velhos e gordos, em vez de bolsa marsupial havia uma bela barriguinha de cerveja e rapidamente perceberam que o clima ali era demais para o casaco de lã que as pobres ovelhas não conseguem despir com facilidade.
Nova volta atrás, nova reunião. Mais maços fumados, vozes levantadas, decisões indecisas e seria o brasil novo destino. Rumaram portanto em direcção ao Brasil mas antes de lá chegarem a narradora lembrou-se que este post é so para avisar que o blog vai ter uma interrupção e talvez siga dentro de momentos ou talvez não. Uma pausa agora oficial já que toda a gente já se deve ter dado conta que eu tenho andando mais por outras bandas do que pela blogosfera.
A todos um muito obrigado, um grande bem haja e até mais ler.
Pobres ovelhas tristes, tantos sonhos desfeitos, meteram-se de novo no barco e rumo a outro lado. Depois de uma reunião daquelas que duram horas e mais horas, depois de muitos cigarros fumados, discussões mais ou menos infrutíferas, lá decidiram rumar em direcção á austrália. O clima até era melhor e havia cangurus. Quem sabe se não surgiria uma nova espécie cruzada de ovelhas e cangurus? ovelharu. ou canguruvelha. Logo se veria. De novo o ânimo lhes corre pelas veias e ála que se faz tarde.
Chegadas á australia nova desilução. Ao invés de esbeltos e saltitantes cangurus, todos eles estavam velhos e gordos, em vez de bolsa marsupial havia uma bela barriguinha de cerveja e rapidamente perceberam que o clima ali era demais para o casaco de lã que as pobres ovelhas não conseguem despir com facilidade.
Nova volta atrás, nova reunião. Mais maços fumados, vozes levantadas, decisões indecisas e seria o brasil novo destino. Rumaram portanto em direcção ao Brasil mas antes de lá chegarem a narradora lembrou-se que este post é so para avisar que o blog vai ter uma interrupção e talvez siga dentro de momentos ou talvez não. Uma pausa agora oficial já que toda a gente já se deve ter dado conta que eu tenho andando mais por outras bandas do que pela blogosfera.
A todos um muito obrigado, um grande bem haja e até mais ler.
domingo, fevereiro 19, 2006
acabei de chegar do brasil
e eis que me deparo com um frio arrepiante, chuva, vento gelado que seca a pele da cara (e faz saltar o bronze muito mais depressa).
Portanto, tenho um plano. Unam-se a mim, vozes que tendes frio, gentes que tremeis! Acendei os aquecedores e deixai as janelas abertas, VAMOS AQUECER LISBOA!!
Portanto, tenho um plano. Unam-se a mim, vozes que tendes frio, gentes que tremeis! Acendei os aquecedores e deixai as janelas abertas, VAMOS AQUECER LISBOA!!
terça-feira, janeiro 31, 2006
os meus cães
atiraram-se violentamente a um saco de roupa e gostaram especialmente de um saquinho de alfazema. Pergunto-me, será que amanhã eles vão dar puns perfumados?
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Primeira compra em Barcelona!
Estou muy contenta, já fui shopping por Barça. Tinha aqui uma coisa em mente, encontrei-a e superou as minhas expectativas. Consegui encontrar o que queria, com uma oferta, a bom preço, de boa qualidade, cores giras e formato ergonómico. A minha primeira compra em Barcelona, uma escova de dentes verde com oferta de uma pasta! Pois, esqueci-me da minha.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
terça-feira, janeiro 17, 2006
quarta-feira, janeiro 11, 2006
Pedido de moblização:
Senhoras e senhores, amigos e desconhecidos, leitores, ouvintes, digestivos: Está na hora de acabarmos com a descriminação! Grito, temos que nos unir em prol de mais uma causa justa, em prol da igualdade de direitos, em prol da felicidade e da realização de todos os que ficam aquém de cumprir o seu destino, a sua tarefa, a razão da sua existência!!
Temos que tomar medidas gástricas!! SALVEMOS AS ANEDOTAS SECAS!!
Sim, são secas, mas não é por isso que deixam de ser anedotas!! Tem tanta razão de existir como as outras, a sua função é a mesma. Se são secas, cabe-nos a nós aceitá-las como são. Pela vida, por um mundo melhor, pela economia portuguesa até! Compre uma garrafa de àgua e conte uma anedota seca.
(P.S. - Só resulta pela economia se a Àgua for de marca nacional)
Temos que tomar medidas gástricas!! SALVEMOS AS ANEDOTAS SECAS!!
Sim, são secas, mas não é por isso que deixam de ser anedotas!! Tem tanta razão de existir como as outras, a sua função é a mesma. Se são secas, cabe-nos a nós aceitá-las como são. Pela vida, por um mundo melhor, pela economia portuguesa até! Compre uma garrafa de àgua e conte uma anedota seca.
(P.S. - Só resulta pela economia se a Àgua for de marca nacional)
domingo, janeiro 08, 2006
Eu acredito na honestidade e no diálogo.
As relações humanas são complicadas. Às vezes surgem mal-entendidos e ninguém sabe muito bem como. Muitas vezes para se deslindarem é uma carga de trabalhos, amizades saem desfeitas e namoros acabados. O pior é que, em alguns casos, a coisa poderia ter sido resolvida calmamente e a bem.
Por exemplo, eu tenho uma amiga que tinha um namorado. Ás tantas começou a desconfiar que ele a traía mas nunca foi capaz de lhe dizer nada. Guardou a desconfiança para ela, aquilo começou a crescer lá dentro, a remexer-lhe as entranhas, foi aumentando, aumentando, aumentando até que um dia as sobrancelhas lhe cairam. Assim, puf. E agora ela tem que as pintar com um lápis só que não tem muito jeito para desenho e então pinta-as sempre muito rectas só que inclinadas, primeiro perto do princípio do nariz e a acabar mais acima, tão a ver? Então parece que está sempre zangada. Outra parte má é que também não é fácil pintar as sobrancelhas todos os dias. Quando ela apanha chuva fica com um ar um bocado esquisito também.
É por isso que vos digo, em caso de dúvida, perguntem.
Por exemplo, eu tenho uma amiga que tinha um namorado. Ás tantas começou a desconfiar que ele a traía mas nunca foi capaz de lhe dizer nada. Guardou a desconfiança para ela, aquilo começou a crescer lá dentro, a remexer-lhe as entranhas, foi aumentando, aumentando, aumentando até que um dia as sobrancelhas lhe cairam. Assim, puf. E agora ela tem que as pintar com um lápis só que não tem muito jeito para desenho e então pinta-as sempre muito rectas só que inclinadas, primeiro perto do princípio do nariz e a acabar mais acima, tão a ver? Então parece que está sempre zangada. Outra parte má é que também não é fácil pintar as sobrancelhas todos os dias. Quando ela apanha chuva fica com um ar um bocado esquisito também.
É por isso que vos digo, em caso de dúvida, perguntem.
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Força nisso!
Se tens medo das alturas, sobe a um edifício! Se tens medo de cobras, arranja uma de animal de estimação! Enfrenta os teus medos! Encara a morte de frente, mija contra o vento!
terça-feira, janeiro 03, 2006
Procrastinação
Procrastinar: deixar para o dia de amanhã; adiar; demorar. Isto segundo o priberam, como podem confirmar. Na prática, procrastinar quer dizer "preguiçar" (não sei porque raios eles arranjam sempre sinónimos ainda mais inteligíveis do que a palavra que queremos saber o significado).
Pois bem, eu tenho um problema com a procrastinação (e acho-a uma palavra engraçada, portanto, aviso já que a vou repetir um montão de vezes).
Sempre que tenho alguma coisa para fazer arranjo outras coisas para fazer antes e depois não faço aquilo que tinha para fazer e fico deprimida por não ter feito e já se sabe que deprimida é que ninguém faz nada.
Pois bem, o outro dia falei com uma amiga e ela disse-me, tens que te impôr obrigações, tens que te obrigar. Se tiveres feedback do outro lado melhor... essas coisas. E então eu pensei, ora aí está! E arranjei um blog. Já lá vai um ano mas sempre que começo a escrever é a mesma coisa. Reparem, começo por pensar: "Do que é que quero falar? O que é que quero mesmo dizer?" Então, sento-me ao computador, olho para ele e penso: "Bolas, isto tá tudo sujo. Não posso escrever com o computador todo sujo!" Lá vou para a cozinha, paninho, cera para o ecrãn, aspirador de mão por causa da cinza... limpar o computador. É claro que antes de chegar à cozinha aparece o meu cão a pedir festinhas. Não se consegue resistir ao nosso cão a pedir festinhas, vá de brincadeira com o cão, só um bocadinho. Bom, passados 45 minutos penso, "o que é que eu ia fazer?" Mas já é hora de ir passear o cão. Trela, la vamos nós.
Quando se volta pronto, já se sabe. "O que é que eu tinha mesmo para fazer?" Mas lembro-me que tenho que ser preserverante e concentrada, sento-me no chão a olhar em volta a tentar lembrar-me do que é que tinha para fazer. Enquanto olho penso... que o corredor está a precisar de ser pintado. Devia mesmo pintar o corredor. É que o corredor era branco. Bom, ele é branco mas de certeza que tem um nome específico para o branco. Vale tudo, casquinha de ovo, branco cal, branco pérola, bege, cáqui, marfim... acho que o do meu corredor é o "branco-dente-de-fumador". Também gostava de saber quem paga a essas pessoas que põem nomes às tintas. Autênticos génios criativos, digo-vos eu!
Enfim... mas se calhar ficava bem de amarelo. Amarelo canário ou amarelo banana? Bom, estava nisto quando o telefone tocou, era uma amiga minha. Tive que lhe dizer, "épá, não posso falar contigo agora, estou a escrever um post" e ela disse-me, "céus, tu és tão disciplinada... é que eu tenho um problema com a procrastinação." Bom, convidei-a para irmos lanchar, estava a ficar hora do lanche e já se sabe, se uma amiga nossa tem um problema com a procrastinação quer falar disso, né?
Estavamos a lanchar, ela a falar, nós no café... e a empregada ouve e diz: "A sério? Procrastinação? Eu também tenho um problema com isso!" mas eu calculei que era mentira, que era só para tar ali sem fazer nada e então mandei-a buscar a minha sandes. É que as pessoas tem muito a mania de inventarem que tem um problema com a procrastinação quando não querem fazer nada. Foi quando me ocorreu, se calhar devia escrever um post sobre a procrastinação! Mas depois pensei, "bah, quem é que eu quero enganar? Nunca vou escrever um post sobre a procrastinação, isso dá trabalho e eu sou muito preguiçosa... acho que tenho um problema com a procrastinação".
Pois bem, eu tenho um problema com a procrastinação (e acho-a uma palavra engraçada, portanto, aviso já que a vou repetir um montão de vezes).
Sempre que tenho alguma coisa para fazer arranjo outras coisas para fazer antes e depois não faço aquilo que tinha para fazer e fico deprimida por não ter feito e já se sabe que deprimida é que ninguém faz nada.
Pois bem, o outro dia falei com uma amiga e ela disse-me, tens que te impôr obrigações, tens que te obrigar. Se tiveres feedback do outro lado melhor... essas coisas. E então eu pensei, ora aí está! E arranjei um blog. Já lá vai um ano mas sempre que começo a escrever é a mesma coisa. Reparem, começo por pensar: "Do que é que quero falar? O que é que quero mesmo dizer?" Então, sento-me ao computador, olho para ele e penso: "Bolas, isto tá tudo sujo. Não posso escrever com o computador todo sujo!" Lá vou para a cozinha, paninho, cera para o ecrãn, aspirador de mão por causa da cinza... limpar o computador. É claro que antes de chegar à cozinha aparece o meu cão a pedir festinhas. Não se consegue resistir ao nosso cão a pedir festinhas, vá de brincadeira com o cão, só um bocadinho. Bom, passados 45 minutos penso, "o que é que eu ia fazer?" Mas já é hora de ir passear o cão. Trela, la vamos nós.
Quando se volta pronto, já se sabe. "O que é que eu tinha mesmo para fazer?" Mas lembro-me que tenho que ser preserverante e concentrada, sento-me no chão a olhar em volta a tentar lembrar-me do que é que tinha para fazer. Enquanto olho penso... que o corredor está a precisar de ser pintado. Devia mesmo pintar o corredor. É que o corredor era branco. Bom, ele é branco mas de certeza que tem um nome específico para o branco. Vale tudo, casquinha de ovo, branco cal, branco pérola, bege, cáqui, marfim... acho que o do meu corredor é o "branco-dente-de-fumador". Também gostava de saber quem paga a essas pessoas que põem nomes às tintas. Autênticos génios criativos, digo-vos eu!
Enfim... mas se calhar ficava bem de amarelo. Amarelo canário ou amarelo banana? Bom, estava nisto quando o telefone tocou, era uma amiga minha. Tive que lhe dizer, "épá, não posso falar contigo agora, estou a escrever um post" e ela disse-me, "céus, tu és tão disciplinada... é que eu tenho um problema com a procrastinação." Bom, convidei-a para irmos lanchar, estava a ficar hora do lanche e já se sabe, se uma amiga nossa tem um problema com a procrastinação quer falar disso, né?
Estavamos a lanchar, ela a falar, nós no café... e a empregada ouve e diz: "A sério? Procrastinação? Eu também tenho um problema com isso!" mas eu calculei que era mentira, que era só para tar ali sem fazer nada e então mandei-a buscar a minha sandes. É que as pessoas tem muito a mania de inventarem que tem um problema com a procrastinação quando não querem fazer nada. Foi quando me ocorreu, se calhar devia escrever um post sobre a procrastinação! Mas depois pensei, "bah, quem é que eu quero enganar? Nunca vou escrever um post sobre a procrastinação, isso dá trabalho e eu sou muito preguiçosa... acho que tenho um problema com a procrastinação".
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