Chuva. E um céu escuro e fechado tapava a saída do mundo. Pelo menos aquela única saída que sempre tinha sido considerada possível. Nestes dias ficava calada e tentava evitar as pessoas. Não era por mal, nem por bem, na verdade. Nem sempre se tem o domínio dos próprios gestos, nunca se tem o domínio dos próprios pensamentos. É só que, sem saída, não sabia para onde ir. Como se as pessoas tivessem sempre que estar a ir para algum lado, pensava. Mas estão, de facto... entre planos, metas e objectivos, à procura da conquista seguinte, que antecede a outra a seguir. E os falhanços pelo meio, que é bom errar e é no erro que se aprende... o erro tornou-se também um objectivo, olha que bem. E faz sentido, e é consensual.
O sentido. As lógicas. Os "factos". Chamam-se "factos" àquelas lógicas de argumentação que nos fazem sentido. Desde a religião que tudo tem um sentido. Assim, num céu sem saída, a única religião possível é a religião pagã. E sorria.
Era por isto que não gostava de estar com pessoas quando chovia na sua cabeça e um céu escuro e fechado lhe tapava a saída de um outro mundo que não aquele onde o sol brilhava, do lado de fora da sua janela.
2 comentários:
Olá miuda... Faithless nao está mal, podia ser mais grave... tipo faithful de algo que nao existe.
Um beijinho, espero que estejas bem.
E sim, provavelmente ficarás chateada cmg nos próximos tempos porque fui a lisboa e nao te disse nada. Nao foi por mal, nem por bem. Desculpa. Já estou de volta a cáceres no entanto, e no escritório a começar/acabar a trabalhar.
Beijinho grande (se o quiseres)
quero, pois. o beijinho grande.
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