A língua transformada em granito quando dizes "tens a maturidade emocional de um cachorro de 3 meses" mas não me atiras a bola de volta.
As flores de papel arrastadas pelo vento das pálas de um moinho em ruína, rua fora, ao longo da costa, para longe. É o tempo dos varredores de rua, cabeças viradas ao chão, não sei de que cor têm os olhos. Só sei do irritante barulho das vassouras feitas de ramos mortos a rasparem nas pedras da calçada, são de granito, como a língua.
É o tempo do fim das festas, dizem os varredores sem falar.
É o tempo do fim das festas, diz o cachorro sem abanar a cauda.
As pedras, essas não dizem nada. Ficam-se com o seu tempo e o seu peso, as histórias que calam e a vontade de aprenderem a voar, que nunca será de facto uma possibilidade. Mas também, assim como assim, não precisam de mais nada.
3 comentários:
Muito bom! Fim das Festas das Flores?? Adorei!
Muito bom! Fim das Festas das Flores?? Adorei!
il est cinq heures, tataruere s'éveille
(ver: Dutronc, Jacques)
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