terça-feira, outubro 16, 2012

Dona Opala

Dona Opala trazia nos braços a calma dos lagos azuis profundos. Tinha um céu brilhante nos olhos e os sonhos carregados de safiras. Não havia nuvens nas deambulações de Dona Opala, calmamente sentada  no cadeirão da sala, Dona Opala fantasiava com um mundo brilhante e sorridente.

Assim vivia Dona Opala, de respostas serenas e sorriso sossegado, gestos tranquilos e muitas horas de sono. Dormitava e acordava, adormecia e ressonava, levantava-se do sofá e ia para a cama.

Senhora de uma existência sem percalços  Dona Opala navegava no mar da tranquilidade. Deixou saudade Dona Opala, quando numa noite sem tempestade se afogou na realidade, ao ouvir o primeiro ministro a falar dos novos cortes orçamentais.

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