Escrever. Where? É suposto escrever aqui. Onde? Onde puder. Não, essa é outra, já existe. Onde? Aqui. What? Right there. Escrever aqui. Writehere. Espera, tem que rimar. Tem que ficar assim…redondinho. Redondinho pronto. Writethere. E agora? Agora já tenho um nome, tenho que escolher uma cor. Não pode ser preto, não pode ser azul. Dizem-me: escreve. escreve o que quiseres, assim sem limites, vamos abrir espaço às variações infinitas que se alimentam por dentro num diálogo de sombras desgarradas. Mas não posso escolher a cor. Primeira ilusão de liberdade. Posso escrever mas não escolher a cor. Claro que podes. Podes escolher todas menos…pronto, todas menos. Ou “todas” ou “menos” seria mais simpático. Mas depois seria pouco bonito da minha parte querer mais do que posso, querer todas as cores quando me basta apenas uma. Mas eu não quero todas. Só queria preto (eu sei, preto nem sequer é uma cor, mas eu queria na mesma) ou azul. E agora dizem-me que sou insatisfeita que só quero o que não posso ter. Posso escrever. O que é que eu quero mais? Que raio de pergunta, eu quero escolher a cor. Mas podes escolher! Ai posso? Podes. Preto? Ai…Pronto azul. Mau. Ok Ok. Cinzento. Vá lá…não consegues ser um bocadinho mais criativa? Há muitas cores, há tantas…e passas a vida a queixar-te das dualidades obtusas que deixam o mundo inteiro de fora. Que deixam o dentro, de fora. Preto ou branco. Certo ou errado. Isto ou aquilo. VERDE. Escrevo a verde. Vais-me reconhecer assim? Vou. Se escreveres a verde eu vou-te reconhecer. Mesmo no meio de tantas linhas, tantas palavras, tantas…sim. Verde. Podes começar, a verde. Posso-me preparar primeiro? Tenho que me descobrir verde, tenho que saber primeiro o que é sentir verde, falar verde, ser verde, para que seja verde o post que me pedes. Está bem. Vai então. E volta. Verde. Encontramo-nos daqui a….não importa. Sabes que volto. E como é que…vais saber? Vais saber. Não te esqueças. O meu nome, a verde, entre taparueres e ondepudwheres, em variações infinitas de silencio e cor. Até já.
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