Mandaram-na erguer no princípio do século XX. De bronze luzidio, impressionou todo um país que se juntou para a inauguração. Forte, intocável, inantigível. Causou sincera admiração nos meses que se seguiram, com propositadas expedições só para a ver, apenas para a admirar. Fizeram-se comparações com o seu nome - saia sempre vencedora - quase se criou um ditado com sua referência.
Depois... depois aconteceu o que costuma acontecer nestas coisas. Tornou-se invisível aos olhos de quem ali passava, por sempre lá estar, algumas vezes incómodo pelo trabalho que dava a limpar e por fim mero depositório de merda de pombos que a usavam para cagar.
No final foi substituída, dos fracos não rezou a história e todas as suas forças não eram mais do que vulneráveis fragilidades. E quem o adivinharia?
"Ninguém, senhora, ninguém."
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