quarta-feira, dezembro 30, 2009

John Waters said: "Without obsession, life is nothing."



Ando meio obcecada.
Não é verdade, ando totalmente obcecada, como me acontece todas as vezes que não percebo totalmente uma coisa e ela não me sai da cabeça durante dias a fio.

Portanto: ando totalmente obcecada exactamente com isto que a cena do "Happily Ever After" magistralmente mostra - este género de momentos inesperados em que dois caminhos se cruzam sem se tocarem e nasce uma tremenda vontade de agarrar o caminho alheio pelos colarinhos. E sem parecer stalker, o que pode ser tarefa impossível.

Acontece que às vezes há a tal "especie de simpatia" que até pode ser recíproca e ainda assim "a coisa" não arranca. Reparem lá que não estou a falar do pequeno e controverso universo do "amor/paixão/quero-te-comer-e/ou-tomar-conta-de-ti". Até porque esse é mais fácil (especialmente em contexto certo, aka, crazy-disco-night).

Estou mesmo a falar de qualquer coisa mais estranha do que isso, daquela sensação "esta pessoa tem ali qualquer coisa que eu quero saber o quê porque me cheira que a minha vida vai ficar mais cheia depois de saber". E... pumba, toma lá os constragimentos sociais.

Portanto, na verdade ando obcecada com duas coisas: o facto de, de vez em quando, olhar para alguém novo e pensar que quero essa pessoa próxima (e se isso acontece com mais gente); o facto de tentar perceber como é que isso se faz de uma forma polida (ou seja, "não-esquisita") e eficaz.

Porque há quem o consiga fazer com naturalidade. Juro, já vi.


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Na verdade ando obcecada por outras coisas também, nomeadamente pelas re-criações, re-interpretações, abordagens e transformações. E claro, é a meio de uma noitada de trabalho que me dá para estas coisas me explodirem nas mãos.
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O dia em que John Waters perdeu a metade de cima do seu bigode começou como qualquer outro dia, em que John saiu de casa durante a sua manhã que era a tarde de quase toda a sua cidade e começou por endireitar os dois flamingos de plástico que ainda hoje estão no seu jardim. Calculo que ele não se lembre desse gesto, mas que acredite que o fez. Afinal de contas, os gestos tantas vezes repetidos não são lembrados nas vezes específicas em que aconteceram mas sim numa memória mais vaga de quem o sabe mas não o recorda.

Assobiando em tom relaxado, lá foi ele rua fora, em direcção a uma escura e fumarenta sala a que em alguns momentos chamava "escritório" e onde apenas aconteciam "reuniões". Era quase um dom que essa sala tinha, a de fazer acontecer "reuniões", onde às vezes havia troca de fluídos em estranhas cerimónias sexuais.

Nesse dia aborreceu-se rapidamente de estar no "escritório" e foi procurar companhia no conhecido bar mais próximo. Não que John fosse uma pessoa muito necessitada de companhia, preferia algumas vezes o seu silêncio, mas outras a companhia sabia-lhe bem. O bar mais próximo nada tinha de recomendável, mas e daí, John também não tem. E ainda mais, nem chegou a lá entrar. Ainda ia a meio caminho quando os seus olhos foram esbarrar numa estranha personagem de meia-idade, sentada no banco mais típicamente banco, completamente crú, desnudo e sóbrio, com uma tela à frente que acariciava devagar com um fino pincel.

O desenho ainda não tomava forma, mas apreciava-se a firmeza do pincel. A tinta em quantidade impecável deixava um risco tão profundamente riscado que qualquer caneta bic morreria de inveja da sua lealdade.

Não fosse esta firmeza suficiente para espantar, rapidamente John se aperebeu que tal personagem era cega. Não soube como, não precisou de a olhar nos olhos, não precisou de confirmação e ainda assim a cabeça dela levantava-se por cima da tela por momentos, e logo à tela voltava.

John parou e ficou a olhar. A cega não, continuava apenas a pintar.

John acendeu distraídamente um cigarro. Se ele conhecesse Fernando Pessoa teria acendido um distraído cigarro, ou se tivesse tido a minha professora de português, sempre a insistir neste exemplo. Que se lixe, distraído é que não estava John, contrariando a figura de estilo que a minha professora gostava.

Deixou-se ficar a olhar, a pintura a tomar forma. As mãos agéis, o traço seguro, os gestos decididos, os olhos que não viam. Ah, mas aquilo era ver, de uma maneira qualquer, aquilo era ver. "Vou falar com ela" pensou, e deu um passo resoluto em frente, logo antes de parar. "Vou falar com ela sobre o quê?? Sobre o facto dela pintar e não ver? Isto não vai correr bem e a conversa vai ficar por aí...".

Aqui estranhou-se. Pah, ele nem era destas merdas. Habituado ao sub-mundo mais esquisito e a formas de vida altamente reprováveis, conhecido por fazer o que lhe dava na real gana e com pouca grana ainda por cima... Não, mas aqui era diferente. Sempre se esteve a cagar sobre o que diziam dele... não era bem verdade, na verdade dava-lhe um certo gozo o que diziam de mal sobre ele mas... mas.... mas nada! Aqui não era importante o que a cega achava dele, era importante é que ele conseguisse dela a disponibilidade para lhe explicar como é que ela fazia aquilo.

"Ok, preciso de uma abordagem tácita" pensou. E sentiu-se lixado, porque para isto é que ele não tinha jeitinho nenhum. Mordeu o lábio de cima, um tique de concentração, semicerrou os olhos e pôs-se a pensar em soluções.

"Posso isto... não. Posso aquilo... não. Posso o outro.... não. Então e se for lá e perguntar... também não dá..."

Olhou em volta à procura de um lugar para se sentar e sentou-se. No passeio, encostado à parede, e tirou outro cigarro. Dali conseguia ver metade da tela e alguns movimentos da cega. Deixou-se ficar a olhar, a fazer suposições, a planear abordagens e formas de meter conversa. Afinal de contas, ela não haveria de estranhar, era cega e pintava, de certeza que já lhe tinham perguntado as coisas que ele queria perguntar e que não sabia bem quais. Via-se que ela via o que ele não via, e ele queria saber o que era e como é que ela fazia. Mas bolas, que raio de pergunta para se fazer a uma cega, "olha, diz-me lá o que vês que eu não vejo e como o vês que eu não 'tou a ver". E ele a vê-la e a ver que não via nada.

Entretido a olhar e a pensar, deu por ele em outras teias de pensamento mais longíquas mas ainda ali ligadas, quando se apercebeu que ela estava a arrumar as coisas.

"Vai-se embora!" pensou. Estava mais espantado do que outra coisa, afinal de contas não só já não sabia à quanto tempo ali estava, como não se tinha apercebido da hipótese dela se ir embora antes que ele se lembrasse de uma genial deixa. E ficou a vê-la arrumar as coisas devagar, quase mais entretido a observá-la do que a planear formas de comunicar e ela que acabou, pegou na sua vara/bengala de cega e começou a andar.

"Afinal como se diz? vara ou bengala? Nunca conheci um cego antes, sei lá qual a terminologia ou o tanas!..." e já estava irritado. E ela desapareceu numa esquina e ele continuou sentado e irritado e calado.

Quando se pôs a caminho do bar, ia a imaginar as conversas que poderiam ter tido, se tivesse conseguido ser tão interessante na forma de meter conversa que a tivesse feito durar o tempo suficiente. Para saber o que ela via, e como traçava um traço tão delineado, e como é que ela sabia o que via e todos os outros como's e porquê's de todas as perguntas que ele não tinha respostas e que estava agora certo que ela as teria todas na algibeira da sua bata.

No bar, uma desilusão. Ou não se exprimia ou os outros não o entendiam e ninguém parecia achar importante o seu interesse pela cega que lhe cegava a cabeça e a sua impotência fraca para fazer aquilo que sempre fazia naturalmente.

Foi-se embora, em direcção a um barbeiro. "Já que não falo com a cega, reproduzo o traço dela no meu bigode, até a encontrar de novo. Depois já tenho conversa, posso-lhe dizer que o traço do pincel dela é tão fino quanto o meu bigode e ela vai ver, porque é uma cega que vê de outra maneira, e depois podemos falar".

Até hoje tem o bigode. Da cega nunca mais soube nada.


segunda-feira, dezembro 28, 2009

paradoxo de (in)temporal

Nunca a humanidade viveu tanto como agora. Nunca tivemos tanta informação a circular por aí, nunca tivemos tanta facilidade de contacto à velocidade instantânea, duas coisas que nos permitem fazer mais coisas e melhor.

Vivemos mais, fazemos mais, mais rapidamente. Corremos mais para fazer ainda mais, temos mais tempo porque tudo se faz mais depressa e nunca tivemos tão pouco tempo para nada.

É qualquer coisa deste género, um enorme paradoxo de (in)temporal.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Sismo em Lisboa, 1h40

em tempo real, o chão em lisboa acabou de shaking like a polaroid picture...

Segundo o twitter, o sismo foi sentido do porto ao algarve.

Por aqui posso dizer q apanhei um valente susto, porque achei que alguém me tinha entrado em casa e me estava a abanar a cama. Fiquei feliz quando percebi que não, que era só um sismo. :S


Bom, o primeiro sismo da minha vida, que senti. Estranho.



(palmas para a TSF e Sic notícias, as primeiras a dar a notícia...)

quarta-feira, dezembro 16, 2009

quinta-feira, dezembro 10, 2009

1ª lei da atracção: ninguém conhece a ninguém.

2ª lei da atracção: a quantidade de entropia de qualquer relação tende a incrementar com o tempo, até alcançar um valor máximo.

3ª lei da atracção: chegados a ponto de valor máximo, é mais fácil sair e ir procurar exactamente o mesmo em outro lado.

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1ª lei da gestão: ninguém conhece a ninguém - usam-se ferramentas para alavancar a notoriedade. Toda a gente conhece superficialmente toda a gente.

2ª lei da gestão: a quantidade de entropia tende a incrementar com o tempo, até alcançar um valor máximo, altura em que é necessário um reinvestimento de recursos.

3ª lei da gestão: chegados ao ponto de valor máximo, vale mais a pena continuar a reinvestir porque é sempre mais fácil a recuperação com uma quota mental pequena do que o investimento necessário para uma taxa de penetração aceitável (ou pelo menos até se ter essa quota mental pequena).


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"vale a pena pensar nisto"

nop, já não vale não.


quarta-feira, dezembro 09, 2009

Aviso à navegação:

Sim, tenho andado com os nervos à flor da pele. Não, não sei que tipo de flor cresce na minha pele, mas sei que os nervos tão todos lá.

Porquê? Uma questão de contas (não só, mas sobretudo). De contas e matrizes. De contas que não batem certo com as contas dos outros e matrizes que parecem meretrizes arrogantes "tu a mim não me tocas porque não me percebes" dizem-me elas de caras com pó-de-arroz e lábios vermelhos.

Bem, contas são contas, fórmulas são fórmulas, não há nada de transcendente aqui. O facto de eu estar a falhá-las consecutivamente trouxe luz à origem do problema. E só poderia ser um: a máquina de calcular do telemóvel não é de fiar. Obviamente.

Conclusão: galgar o bairro de Alcântara em busca de uma boa máquina de calcular. E lá fui eu, pela manhãzinha, entrar de peito feito em pleno pingo doce, levar mais 3 vezes com a músiquinha versão natal pseudo-felizinha e com dezenas de reformados mal encarados e mal dispostos. Máquinas de calcular? Nem vê-las. Encontrões? Já diz a canção: "encontrões, encontrões aos molhos, por causa dos reformados choram os meus olhos..."

Procurar um pingo-docense. Perguntar por uma máquina de calcular. Levar com um sorrisinho incrédulo. Ouvir a repetição da pergunta. Vê-lo chamar outro pingo-docense e repetir novamente. Denoto um tom sarcásticozinho: "Esta Senhora procura uma máquina de calcular". Responde o outro: "Uma máquina de calcular? Pra quê?" Pra quê, perguntou-me ele. Quer com certeza uma descrição exaustiva da minha vida para saber se me há-de dizer se têm ou não máquinas de calcular. Vida essa afastada de qualquer tecnologia tipo telemóveis, computadores, pda's, etc.

Incomodou-o o silêncio, tentou disfarçar o ar incrédulo, diz que não têm.

Saio, em busca de uma loja do chinês. O que é que o chinês não tem?? Ah, máquinas de calcular, mas só descobri depois. Primeiro tive que entrar numa loja daquelas tipo corredorzinho estreitinho afuniladinho com um grande aglomerado de gente à porta, outro no meio e ainda outro lá mais ao fim. 3 aglomeradinhos de gentinha aos encontroenzinhos para chegar às mesmas coisinhas que não sei o que eram. Geez... o que haverá com estas pessoas que numa loja do chinês, já de si apertada, ainda escolhem pôr-se em grupinhos juntinhos nas mesmas zonas?

Fui e vim, a custo com 3 grandes muros para passar. Quando voltei tive que perguntar à chinesa da loja. Uma aventura. Máquina de calcular. O quê? Máquina de calcular. Desculpe? Máquina para fazer contas. Não percebi. Máquina... com botões e números... Ah.. isto? Não, isso é um pseudo mp3 para música, máquina de calcular, para contas... mais, menos, vezes... Ar parado a olhar para mim. Ok, tiro o telemóvel, abro a aplicação da calculadora, mostro-lha: isto, preciso de uma máquina de calcular. Faz um ar iluminado, ahhhh, de quem percebeu exactamente, quase que lhe vejo um brilho de satisfação nos olhos e desaparece para o fim da loja, passando os obstáculos (aka, pessoas) muito mais agilmente do que eu. Volta sorridente e traz com ela 4 capas de telemóvel de cores diferentes.

Agradeço, digo que queria era cor de rosa com bolinhas amarelas e vou-me embora.

Entro numa loja de "brindes" e afins, antigamente lojas das cem pesetas (para a malta da fronteira), mais tarde lojas dos trezentos, posteriormente loja do euro, agora loja do euro e oitenta.

Mais aglomeradinhos de pessoas. Passo rápido, com mais experiência. Olho para o lado e há uma luz que ilumina uma prateleira recôndita. Duas máquinas de calcular sorriem para mim. Uma é cor de rosa forte, a outra é musical. Estão, claro, ao lado dos guaches e aguarelas. Claro. Não conheço nenhum bom pintor que não tenha antes de começar a pintar feito várias contas com uma máquina de calcular cor de rosa forte ou uma musical.

Tenho um momento de indecisão entre as duas. Encolho os ombros, pego na musical, sigo para a caixa.

Tenho uma Kenko musical por um euro e oitenta. Só espero que aguente duas semanas. Não quero repetir o processo nos próximos tempos.

domingo, dezembro 06, 2009

Finalmente um pouco de tempo para velhos projectos:



Um já está. A ver se ainda me consigo atirar de cabeça aos que faltam.

quarta-feira, dezembro 02, 2009


definho. morro. dezexisto, porque existo dez vezes fora do tempo e do espaço reconhecidamente "normais". Seja lá o que isso tiver sido.

terça-feira, dezembro 01, 2009

"Só", livro de poesia de António Gedeão*, é o título da literatura portuguesa mais curto.

O mesmo senhor tem um poema que se intitula "Assim como falham as palavras". Tem piada, porque quem procura um poema sobre as palavras que falham vai ficar surpreendido com o tamanho do poema.

Um dos poemas de António Gedeão que mais gostei foi o "
Lágrima de preta", lido há muitos muitos anos atrás, vestida com uma saia num banco de colégio.

Outro poema dele que me recordo - do título, não do poema - é o "poema do alegre desespero".

Enfim, pequenos resquícios não sei bem de quê, de um tempo que de tão longíquo quase parece ter sido história lida em vez de existência real.


*Nota - Só é do António Nobre, e não do Gedeão. Obrigado Rita. Agora vou ali tomar suplementos para a memória e já volto.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Como inserir filmes do youtube click-a-click

Cara Pessoa Cuja Temperatura é Anormalmente Baixa,

Bem vinda a este tutorial de inserção de clips youtubianos no blogger. Informamos que não será necessário o download de nenhum software específico, nem a aprendizagem de complexos códigos de programação.

A complexidade desta operação é semelhante à complexidade de aquecer uma sopa no microondas. Não obstante, pessoas como eu, tem uma taxa de sucesso superior na colocação de videos em blogs do que no aquecimento de sopas em microondas.

A seguinte imagem dar-te-á a localização exacta de um precioso código html que só terás que copiar, com recurso às teclas ctrl+t (ou ctrl+a) e ctrl+c. Poderás também fazê-lo através dos menús do browser, mas não vamos complicar. (sim, que ir aos menus é mais complicado do que usar as teclas de atalho).





Ou seja, seleccionas a totalidade do código (seleccionar tudo) e copia-lo.

Depois voltas ao blog, ao sítio das postagens e fazes ctrl+v. Ou sejas, colas.

Vais ficar com um amontoado de letras, barras, barrinhas, setas e setinhas. Caga nelas, só NUNCA AS SEPARES, nem NUNCA ESCREVAS PELO MEIO DELAS. Se o fizeres o teu monitor pode rebentar. Bom, não pode, mas a tua cabeça pode quando não perceberes porque é que o video não aparece. Se for esse o caso, repete a operação desde o princípio, certificando-te que apagaste tudo antes. As vezes que forem necessárias. É.

E é tudo.

:)

quinta-feira, novembro 19, 2009

frase do dia

“Emocionar não tem nada a ver com marcas. Uma marca não emociona. O que emociona é uma história, um olhar, um sorriso, uma experiência. As marcas são coadjuvantes e patrocinadoras desses momentos.” - Fernand Alphen

sexta-feira, novembro 06, 2009

Emotional Weather Report

Pensamentos muito nublados, impulsionados por ventos fortes. Possibilidades de respostas intempestivas e de alguma irritação. Rajadas frequentes de má disposição e impaciencia geral.

Aguaceiros ocasionais, com maior intensidade no período da noite.

Avisa-se a população para se manter no seu mundinho e não chatear.


quarta-feira, outubro 28, 2009

not sure if Joseph is creating or exposing a truth.

"The mind can only create errors. Truths are not created, they exist; one can only see them, disentangle them, discover them, and expose them."


-"Notebooks" - Joseph Joubert

terça-feira, outubro 27, 2009


É sempre, entre conversas e toques. As pontes que não cobrem as distâncias e logo as ânsias, ai que não me ouviu, será que me viu? Depois avança, com medo recua, não perde a esperança de encontrar uma alma nua onde os olhares se abraçam e os ritmos se fazem soar ao som de dois corpos a bailar.

É sempre, à procura de subir uma rua e esbarrar nos olhos do entendimento - aquele que vem do conhecimento do que mais íntimo há de alguém, que nunca pode sequer pertencer a ninguém mas se anuncia levianamente: Eu sei quem tu és!

Como se se pudesse ser algo de tão constante completamente verdadeiro. Ah, e piora. São as expectativas e os desejos: as expectativas dali, os desejos de como ser visto daqui, e o novelo aumenta - afinal não me conheces - e nem tu te reconheces, são apetites ou talvez só reumatites de personalidade. Personalidade? personalidades, perdidas e baralhadas, confusas e integradas, todas À procura do grande momento da eterna compreensão. Baseada no momento. Naquele momento. De "entendimento".


domingo, outubro 25, 2009

Planeio, dar nomes certos aos ficheiros tão desorganizados no computador. E hoje é domingo, podia ser perfeito. Mas não chove lá fora, e só os domingos em que chove lá fora são um espaço fora do tempo, uma permissão única de um dia tão fora dos dias, um encanto rectangular enquanto o mundo não sabe da minha existência.

Planeio, arrumar os livros e os cd's, desta é que é. Lembro-me, já não tenho cd's e hoje é domingo mas não chove.

Se calhar, poderia haver um ou outro cheiro que viesse sorrateiro e me fizesse sentir, diferente. Mas não vem, nem podia. Já lá vai tanto tempo que até os cheiros dos outros dias se apagaram e misturaram e tornaram em névoas e pedaços de algo que ninguém tem sequer a certeza que poderia ter existido.

E hoje até é domingo... mas não chove e não faz sentido. Nada disto.

sexta-feira, outubro 09, 2009

The 30 Most Satisfying Simple Pleasures Life Has to Offer

  1. Sleeping In on a Rainy Day – As the rain beats lightly against the window, you nestle your head deeper into your pillow. The sound is soothing and your bed feels like a sanctuary. There is no place you would rather be.
  2. Finding Money You Didn’t Know You Had – You reach into your pocket and find a $20 bill from the last time you wore these jeans. You aren’t rich, but you are richer than you were a second earlier.
  3. Making Brief Eye Contact with Someone of the Opposite Sex – You pass her on the street or in the subway. She glances up at you momentarily, making direct eye contact in a way that seems to communicate a subtle curiosity. For a split second it makes you think… and then it’s gone.
  4. Skinny Dipping – There is something mysteriously liberating about being naked in a body of water. You are naked, but it feels natural, a sense of unrefined freedom.
  5. Receiving a Real Letter or Package via Snail Mail – E-mail has become the primary source of written communication. Most snail mail these days is junk mail. When you check the mail and find a real letter or package from someone you know, excitement overtakes you as you tear into this rare gift.
  6. Making the Yellow Light - It’s one of the most common simple pleasures, the act of beating the pack. As you blaze through the yellow light you glance in your rearview to see all the cars behind you stopping at the red light. Yes! You made it!
  7. Telling a Funny or Interesting, True Story - One of the most enticing roles you lead in life is that of the storyteller. You love to share stories, especially those that will captivate your audience with deep curiosity and humor. There are few things more satisfying than telling a true story that others enjoy listening to.
  8. Seeing a Friend Stumble Over Himself – As you walk across the street with your friend, he fails to accurately address the curb on the other side. He trips and stumbles around momentarily before regaining his footing, then swiftly attempts to play it off like nothing happened. This can be a hilarious sight if the moment is right.
  9. Hearing the Right Song at the Right Moment - It doesn’t matter what the setting is, hearing the right song for that moment is one of those simple pleasures in life that instantly lifts your spirits. You could be driving home from work, hanging out at a bar with friends, or jogging. When the right song rattles your ear drums the entire meaning of life seems crystal clear.
  10. The First Sip of a Beverage When You’re Thirsty – You just finished mowing the lawn or taking a long jog. The only thing on your mind is an ice-cold glass of water. When you are really, really thirsty, that first sip of any liquid beverage is sheer bliss.
  11. Catching a Glimpse of Bare Skin on the Opposite Sex – For guys, it’s when the waitress bends over a little too far. For girls it’s seeing that buff guy in a Speedo. Either way, when you see a bit more skin than you were expecting on the opposite sex, you can’t help but to smirk on the inside.
  12. Saying the Same Thing Simultaneously – There is a moment of silence. Then all of the sudden you and your friend blurt out the same exact set of words simultaneously. This rare occurrence is something to smile about.
  13. The Pull-Through Parking Spot – You pull into a parking spot and are delighted to see the availability of the parking spot immediately in front of you. You pull through to the spot in front so that when you return to the car you can drive forward out of the parking spot. Why? Because driving backwards is a pain in the butt.
  14. Realizing You Have More Time to Sleep – Something abruptly awakens you and you think it’s time to get up. Then you squint over at your alarm clock and realize you still have 2 more hours to sleep. A warm euphoric feeling shoots though your body as you glide gracefully back to your dreams.
  15. People Watching – Sitting there on your bench you can see people in every direction. Tall people, small people, thin and plump. Blond, brunette, and redhead alike. Each of them has a different stride and a unique expression. As you drift from body to body you are mesmerized by what you see.
  16. Putting On Clothes Straight from the Dryer – As soon as the dryer buzzes, you pull out your clothes and put them on. They feel soothingly warm on your skin and emit a fresh-scented aroma into the air. A sentiment of ease comes over you as you head out to conquer the day.
  17. A Familiar Smell – You just pulled into your parent’s driveway and opened the car door. You haven’t been home in a long while. You smell familiarity in the air, the scent of a large pine tree in the neighbor’s yard. As you head through the front door, more familiar smells consume your senses. Gosh, it feels good to be home…
  18. The Feeling You Get When Your Idea Works – You have been struggling to resolve a complex problem all day and you just can’t seem to get it right. Filled with frustration, you decide to exercise one last idea before calling it a night. You’ve had many ideas before that failed miserably… but this time it works.
  19. Fresh, Clean Bed Sheets – You yank at the corner of the bedspread to create just enough space to slide your body under the freshly cleaned sheets. The sheets feel cool to the touch. Everything seems so clean, like nobody has ever slept in this bed before.
  20. A Beautiful View – As the car veers around the side of the mountain you gaze out the passenger window. It’s a clear, sunny day and you can see the entire valley below filled with wild flowers and bright green vegetation. The scenery reminds you of something you once saw in National Geographic. But here it is live, right before your eyes.
  21. Reminiscing About Old Times with Your Closest Friends – Pink Floyd once said “the memories of a man in his old age are the deeds of a man in his prime”. There is no simple pleasure more satisfying than recounting the greatest moments of your life with your closest friends who lived these moments alongside you.
  22. Receiving an Unexpected Compliment – It’s been an average day. Nothing really great has happened, but nothing terrible occurred either. This monotonous day has put you in a dreary mood. Unexpectedly, an older, attractive lady taps you on the shoulder, calls you “handsome” and says she loves your shirt. The day just got a whole lot better.
  23. Having a Good Laugh – Laughter is the greatest cure of all. Life is extraordinary in the moments when you are laughing so hard you can barely breathe. These moments of deep laughter are divine in the sense that they cleanse your mood and set your mind on a positive track.
  24. The Feeling After a Healthy Workout - It’s a giddy feeling of self accomplishment; the one true activity that actually makes you feel better and look better simultaneously. When you walk out the front door of the gym you are on top of the world.
  25. The Celebration in the Instant Something Makes Sense – Even now that it has explained to you for the third time, you just don’t understand how it works. Everyone else seems to understand but you. Then out of the blue the dots connect in your mind. You finally get it, and it feels great!
  26. Relaxing Outdoors on a Sunny Day – As you relax sprawled out in a lawn chair, the sun warms your skin and a light breeze keeps the temperature comfortable. Birds are chirping merrily in the trees behind you. You are at complete peace with the environment.
  27. Holding Hands with Someone You Love – Every time she grabs your hand you are overcome with an awareness of how much she means to you. Holding hands is sensual and physically intimate, yet subtle. There are few people you allow to hold your hand, so when it happens you can be sure that the moment is special.
  28. Playing in the Water – Water marvels people of all ages. From jumping in puddles as a child, to doing cannon balls in the pool as an adolescent, to enjoying a cocktail in the Jacuzzi as an adult… water is enjoyable.
  29. Making Someone Smile – You notice that your colleague has been under a great deal of stress with meeting a deadline, so you take it upon yourself to complete one of her indirect responsibilities for her. As soon as she realizes what you did, she comes into your office with a big smile on her face. “Thank you”, she says. You just hit two birds with one stone, because making her smile just made your day.
  30. Finishing What You Started – You just finished up a big project you’ve been working on for the last few months, or maybe you just finished your first marathon… Either way, you finalized what you set out to accomplish. The feeling of self accomplishment you get when you finish what you started is by far one of the most rewarding simple pleasures life has to offer.
via marc and angel hack life

segunda-feira, setembro 28, 2009

Para lembrar de vez em quando

“Informação e conhecimento são realidades muito diferentes. A informação é algo exterior a nós, a que estamos expostos continuamente, que circula enquadrada num contexto e numa estrutura que lhe dá sentido. Ao contrário, o conhecimento é algo de intrínseco, como alguém disse «é parte do nosso negócio que transportamos connosco», é alguma coisa que faz parte de cada um de nós. Por isso podemos estar continuamente expostos à informação e não sermos capazes de tomar decisões informadas e inteligentes porque nos faltam as «chaves críticas» que permitem transformar a informação em conhecimento.”

quinta-feira, setembro 17, 2009

Let me tell you this: if you meet a loner, no matter what they tell you, it’s not because they enjoy solitude. It’s because they have tried to blend into the world before, and people continue to disappoint them.

Jodi Picoult, My Sister’s Keeper

terça-feira, setembro 15, 2009

"And by the way, everything in life is writable about if you have the outgoing guts to do it, and the imagination to improvise. The worst enemy to creativity is self-doubt."

Sylvia Plath

nasce mais um blog e um sonho

Há um novo blog recém-nascido na blogosfera intra-fronteiriça luso-hipânica.

Chama-se ele Brisa Fresca em Cáceres e trata disso mesmo, duma Fresca acabada de chegar a Cáceres, de carro carregado com bicicletas, malas, malinhas, malões e jogos de lençóis que não fazem pan-dam.

Não me vou dar ao trabalho de te desejar boa sorte, oh pessoa cuja temperatura é anormalmente baixa, já que vou estando por "perto", ok?

:p

segunda-feira, agosto 03, 2009

"Loneliness is the human condition. Cultivate it. The way it tunnels into you allows your soul room to grow. Never expect to outgrow loneliness. Never hope to find people who will understand you, someone to fill that space. And intelligent, sensitive person is the exception, the very great exception. If you expect to find people who will understand you, you will grow murderous with disappointment. The best you’ll ever do is to understand yourself, know what it is that you want."

White Oleander



Então não pertencia a mundo nenhum? E alguém pertence a algum?
Algumas pessoas são assim; em certos momentos têm a ilusão de fazer parte de um grupo, seja ele político, intelectual, boêmio, de meditação, ou a qualquer outro, mas nunca conseguem. Elas sabem que somos todos fundamentalmente sós, embora procuremos durante todo o espaço de uma vida negar essa realidade, que nem chega a ser triste, é apenas a realidade. Quanto esforço elas fazem -fizeram- para se encaixar em algum desses universos sem nunca conseguir; e será que alguém consegue? De verdade?
As pessoas às vezes se sentem irremediavelmente sós; mas basta um dia encontrar um novo amigo, um novo amor, para o mundo ficar mais bonito e a vida voltar a valer a pena.
É isso que se procura e às vezes encontra; e quando acontece, é bom demais.

Danuza Leão

sexta-feira, julho 31, 2009

Advices for planners - os pontos que me parecem mais importantes

O site www.theplanninglab.com tem reunido ao longo do tempo, conselhos para os recém chegados ao mundo da estratégia e planeamento. No site, tem o pdf completo para download, aconselho toda a gente da área a ir procurá-lo.

No entretanto, procurei tirar uma frase de cada "aconselhador", para manter na mente todos os dias.


1 º - What does it take to get Organisation A to do something? Research? Powerpoint? Video? A manifesto? That's what you should pay attention to and study.
2º - Start to SOLVE THE PROBLEM.
3º - Steal everything - every trick and idea - and make them your own.
4º - master the art of conversation
5º - be curious, be open and never stop asking questions
6º - If you don't have an opinion, how can you convince someone else?
7º - you’re required to be the Team Persuader
8º - focus not just on the difference of
brands but how they can connect to the similarities in people across cultures.
9º - think about the hopes, fears, loves and loathings
10 º - Become an expert in human emotions.
11 º - Our work is less and less about ads, but about connecting to consumers through idea.


o Blog http://www.chmkt.com.br/ compila e traduz os tais conselhos para português do brasil, para quem tiver mais interesse em ler tudo na íntegra, em "portugueiz".

terça-feira, junho 09, 2009

Da objectividade e da falta dela

Há coisas que me afligem um bocado. E há outras que me afligem ainda mais, mas não são chamadas para aqui, agora.

O que é chamado para aqui e agora é esta sociedade da informação e desinformação, a globalização e os meios acessíveis que a todos deram uma voz (independentemente daqueles que deveriam ter continuado mudos, mas enfim, já são embirrancias minhas).

Está certo, agora há blogues, twitters, chat's, fóruns e comunidades onde se pode falar e debater livremente. Há informação aí à mão e toda a gente pode dizer de sua justiça o que acha ou o que acha que os outros acham que deviam achar. Tudo bem, se eu achasse alguma coisa, não acharia mal.


O que me aflige são alguns "não concordo" muito certos de si. Situação: há e tal, saiu um estudo que diz que as mulheres vestem de amarelo e os homens de roxinho". Resposta de A: Não concordo.

Err... tipo... há várias coisas que se podem fazer:
1) duvidar da veracidade desse estudo;
2) questionar a metodologia do estudo;
3) procurar interesses ocultos da indústria das cores nesse estudo;
4) promover um novo estudo e verificar a vericidade do estudo anterior através da coerência ou falta dela dos resultados obtidos
5)....

Há uma coisa que - me parece - não se pode fazer a um estudo. Que é... concordar ou discordar. Tipo... os estudos não são feitos para se concordarem ou não, os estudos pretendem (mal ou bem, da maneira certa ou errada, whatever) verificar a realidade real, além da nossa percepção casual da mesma. Tipo... não há nada aqui para se concordar ou não. É um estudo, não é uma opinião. É um estudo, que podes questionar as suas bases e formas, fundamentos e pressupostos mas não podes concordar nem discordar porque é um estudo e não uma opinião. Uma opinião concorda-se ou discorda-se com outra opinião, um estudo confirma-se ou infirma-se com outro estudo.

Confere?

quinta-feira, maio 21, 2009

Funcionamento basico do twitter*

Twitter, microblogging, 140 caracteres, tempo real, bla bla, já que estão as duas registadas, esta parte de introdução vou saltar.

Em termos de uso, há duas ou três coisas que dão mais jeito saber. A primeira, fácil fácil (que as duas já sabem mas enfim) é que quando se quer dizer alguma coisa a alguém, recorre-se ao @ antes do nick. Os twitts que recebemos directamente para nós ficam num sitio diferente da timeline, onde está precisamente escrito o vosso nome com um @ à frente. Sem espaçamento, deve mesmo ir tudo pegado, como em @ayash e @xixao.

Ainda assim, este twitt aparece na timeline de quem vos segue, portanto é uma chamada de atenção, uma resposta ou algo directamente para alguém, mas não é do âmbito provado.

Muitas vezes usa-se RT antes de colocar a @ e o nome. Isto significa que se esta a repetir algo que alguém disse. Pode ser um comentário engraçado, um link, propaganda, whatever. Basicamente faz-se um copy paste do que foi dito e coloca-se o tal RT, a @ e o nick de quem disse (tipo direitos de autor, vá).

A fórmula final é: RT @Sofiavc Basicamente faz-se um copy paste do que foi dito e coloca-se o tal RT, a @ e o nick de quem disse (tipo direitos de autor, vá).

Outra forma sãos as DM's, estas que mais ninguém pode ler a não ser quem a escreveu e quem a recebeu. Enviam-se no separador Direct Messages, por baixo do @nickdoproprio.

As hastags aparecem de vez em qdo e são identificadas pelo simbolo # seguido de um nome de código. Serve para discussões, comentários a algo que esteja a acontecer, alguma discussão que esteja a haver no universo twitteriano ou algum assunto comum a muita gente, de participação twitterversal.

Ora vamos lá fazer um suponhamos. Suponhamos que #eax é o nome de código para quem quer ajudar a @ayash e a @xixao com mais dicas sobre o twitter. Então, todas as dicas que lhe querem dizer, devem conter no twitt o código #eax que corresponderia a "Explicaçoes Ayash Xixao". Encurta-se claro, pq o espaço conta para os 140 caracteres gastos. Depois é só ir ao "search" e escrever a tal #eax para lerem todas as respostas de toda a gente sobre este assunto. Estas respostas são de pessoas que não vos seguem, que não aparecem na vossa timeline e que de outro modo seria extremamente dificil chegarem a esses usuários. Isto é extremamente útil para coisas de discussão polémica ou para comentar prestações de alguém que esteja na tv, por exemplo.

Ora por baixo da caixa de "search" podem ver os "trending topics". Basicamente imaginem que 50% das pessoas que estão no twitter começavam a mandar dicas usando o tal #eax. Isto faria com que esta hastag aparecesse aí, nos trending topics. Enfim, tal como o nome indica, são as expressões mais repetidas no twitter nesse dia.

A hastag mais "continuante" que tenho memória e que mais vezes aparece na minha timeline é o #followfriday. Ora bem, isto foi um "memme" (basicamente um acontecimento que se espalhou e se tornou de conhecimento geral) que apareceu não sei como e não sei porquê (mas uma pesquisa por ai deve ser esclarecedora, ou então se alguém souber esteja à vontade para explicar aqui nos comentários sff). E com um parentesis tão grande já ninguém se lembra do que estava a ler. Pronto, não vale a pena começar o parágrafo do princípio, estavamos na hastag #followfriday, que aparece sempre à sexta-feira. Basicamente é uma forma de recomendar gente que a gente acha que toda a gente deveria seguir. Assim sendo, eu divirto-me imenso com a @ayash e a @xixao, chego à sexta feira e ponho um twitt que diz: #followfriday @ayash @xixao. Basta pôr assim, mas toda a gente é livre de fazer comentários à frente sobre as razões, claro.


As aplicações, os recursos, os adjacentes e o twitter:

Há várias aplicações das quais se podem fazer download que instalam um programinha para não ter que se ver o twitter no browser. A principal vantagem destas aplicações (a meu ver) é o facto de as pessoas não terem que fazer refresh. Os novos twitts vão caindo de 5 em 5 segs, ou conforme o tempo que a pessoa definir. Creio que a mais conhecida é o tweetdeck, mas há várias. Eu experimentei algumas, não gostei de nenhuma e continuo fiel ao browser (o que tendo em conta que twitto na hora de expediente, me ajuda a não distrair-me tanto. Sim, é possivel ser-se produtivo ainda assim).

Num post deste género bem construido, eu estaria a por links para todos os lados do que falo, mas temos pena, são só umas noções básicas. Quem quiser pesquisar mais sobre um determinado assunto, que vá ao google :p

Há vários recursos para o twitter. Sites que ajudam a fazer backgrounds são talvez os mais procurados. Estatisticas sobre o usuário, quanto twitta, a que horas twitta, quantos RT's tem, etc etc etc, também os há por aí. Não sei nenhum nome de cabeça, se alguém souber pode pôr nos comentários que lhe ficamos todos agradecidos. Normalmente estes sites pedem o login do twitter, o mesmo username e a mesma pass, de maneira a recolherem as info's que depois expõem. Há também o Qwitter, que supostamente manda mails quando as pessoas nos deixam de seguir (comigo não tem funcionado muito bem).

O buytter é um site deste género em que se faz login com os nossos dados do twitter. Depois podem-se comprar pessoas, e colocar mensagem no twitter automaticamente. Tem piada, eu às vezes vou às compras. O dinheiro ganha-se na revenda, já que o preço das pessoas sobe à medida que elas passam por mais mãos.


Assim de repente não me lembro de mais nada de relevo... Ah, só uma chamada de atenção: O twitter tem exactamente o mesmo interesse que tiverem as pessoas que vocês seguem. Nem mais nem menos. É a timeline que a gente constrói que faz o twitter valer a pena ou não.

Bom, se for preciso mais qualquer coisa, avisem via comment, via twitter, via mail ou no telefonema diário no caso da @xixao (é minha mãe).

Até já!





*post escrito especialmente para @ayash e @xixao, como se deve ter já percebido por esta altura.

terça-feira, abril 21, 2009

conselhos do dia


encontrado por aí... desculpem a falta de créditos, mas vou guardando as coisas numa pastinha e depois nunca as consigo reencontrar.

sexta-feira, abril 17, 2009

http://voodosilencio.blogspot.com/

... Foi com cheiro a sexta-feira cinzenta que uma surpresa me deixou pousar no voo de palavras de tons azuis-mar-céu. Aqui me entretive mais tempo do que esperava, aqui os pensamentos se me soltaram mais alto do que supunha e aqui deixei-me levar um bocadinho num voo que não era o meu.

Aconselho, claro: http://voodosilencio.blogspot.com/

quinta-feira, abril 16, 2009

infantil, infantil, infantil, infantil...

não.. não acho que seja esse o problema...

... se calhar, é pior.

pois, se calhar é. mas... se calhar, hoje não penso nisso.


tenta lá.

terça-feira, março 03, 2009

5h00 in the office, yeah!

"Sofiazinha! Conta-nos tudo, oh por favor, conta-nos que coisas tão belas e importantes ficas tu a fazer aí até as 5h e tal da manhã! Oh, conta, conta!" Pedem-me voces em sonhos (nos vossos? no meu delirio?) enquanto na verdade verdadinha se babam para a almofada em sono solto, enquanto eu me babo para o teclado num estranho estado de deturpada consciência.

Mas, como pediram eu conto, não o que faço até às 5h00 da manhã porque isso é segredo e eu estou com um nó mental que torna todo o tipo de racioncinio turtuoso, mas conto-vos o que faço a partir das 5h00, num momento mais relaxado enquanto aguardo novo volume de mentais nós (já não sabendo muito bem que aconteceu à minha parte mental, acho que a deixei cair por aqui por volta das 2h00 e tal, 3h00. Espero que a Dona Cidália a encontre amanhã. Olha que giro, fiz dois pontos finais num parentesis, isto pode-se? Ah, ja não se lembravam que era um parentesis!!). De facto deve ser desnecessário, que a seguir levou um ponto final. Da próxima vez ponho um travessão.

Onde é que eu ia? Ah, não ia a lado nenhum que o trabalho aqui está para durar e mais ainda quando devaneio com as vossas inconsciências adormecidas.

Pois bem meus caros amigos e amigas - e esta é a altura para usar o tal travessão - a verdade é que do momento de relaxe não consta escrever-vos um delicioso e ternurento mail. Não. O momento de relaxe, assim chamado por alguma alma sádica (a minha) é usado por e para fazer contas e alinhamentos. Estarei virada para a matemática? Não. Digam antes para a paginação. E, deixo um aviso às sanidades mentais que por ai divagam: paginação é trabalho para gente muito meticulosa, muito paciente e com algum desvio muito sério.

Tê, a minha admiração por ti sobe consideravelmente. E pela Susy também.

Geez.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

A capacidade de crítica externa Vs a incapacidade de critica interna

É algo que mais voltas e voltas que dê me ultrapassa e não consigo perceber. Se calhar não a percebo nos outros e em mim até mais ou menos, mas o que foi feito da imparcialidade neste mundo?

É pura e simplesmente treta. Bullshit. O outro fez? Está mal, tem este, aquele, o outro e ainda o seguinte erros. Nós fizemos? Está brilhante e genial.

O outro é assim? Pff...
Nós somos assado? Claro, porque é o que queremos, podemos e vamos continuar a ser, cheios de razão.

E se isto começa chato em criancinha com o super-herói preferido, o clube de futebol e a professora da escola que-a-minha-é-muito-melhor-do-q-a-tua-porque-a-tua-bate-nos-meninos-e-a-minha-só-lhes-bate-quando-tem-que-bater, então depois de "grande" é o verdadeiro atrofio. Se não é geral, então é só à minha volta mas esta cena do "a-minha-empresa-é-melhor-que-a-tua" e "o-meu-trabalho-é-melhor-que-o-teu", ultimamente começa a chatear-me mesmo.

Talvez até tenha a minha quota parte de culpa mas há outra culpa que me é atribuida que não tenho. Mens, custa assim tanto perceber que eu faça questão em que os meus amigos saibam qual a designação oficial da empresa onde trabalho e tentar mostrar-lhes que "agência de publicidade" simplesmente não é adequado? Portanto não comecem a levantar os dedos acusatórios porque há coisas que são legítimas e isso não é dizer que é melhor do que qualquer outra empresa. É simplesmente chamar as coisas pelo nome certo, é simplesmente tentar mostrar e dizer o que é que eu realmente faço.

(Ainda que por acaso sim, a minha empresa seja melhor do que as vossas. Aguenta-te e aprende a viver com isso porque até estou a ser imparcial.)

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Este é pa ti Goguinha.

Emplastrus Citrus, o regresso

Depois do Emplastrus Citrus, muitos reclamaram pela impunidade gozada por tamanha vilã, devoradora de amada laranja. Para todos esses, é tempo da vingança e de ver a vilã (quase) pagar pelo crime que cometeu.




terça-feira, fevereiro 17, 2009

virar o ecran antes de ler, sff.

˙oıɹáɹʇuoɔ oɐ opoʇ ɐpuɐ opunɯ o ǝnb ǝɔǝɹɐd sǝzǝʌ sà ǝnbɹod ɯıssɐ áʇsǝ ƃoןq ǝʇsǝ



.ınbɐ opınƃǝsuoɔ oʇıǝɟǝ

domingo, fevereiro 15, 2009

Da crise, dos novos valores e das conclusões sem bases científicas

Começo por dizer que este post vai ser, provavelmente, longo. E continuo por um rasto de percepções e pensamentos que não pretendem ser uma verdade universal mas talvez a base para raciocínios alheios, alguma reflexão e um optimismo mais fundamentado - que eu não gosto das ilusões cor-de-rosas e de questões de fé por vontade de se iludir.


Posto isto, começo:

A crise que agora assistimos tem em sua causa várias origens. Sugerem por aí que é uma crise do próprio sistema capitalista e eu sugiro por aqui que é provavel. Porquê? Porque o capitalismo puro e duro assenta numa base qualquer que supôs um dia que os recursos eram inesgotáveis e a possibilidade de riqueza infinita. Com isso se criou uma mentalidade que mais e maior seriam sempre possíveis mas acontece que o Homem não descobriu novos mundos a dar ao mundo para tornar tal filosofia possivel durante mais tempo.

Pressupõe o capitalismo que uma empresa pode ter sempre mais rendimento e que portanto é necessário consegui-lo. Ora, todas as empresas a tentar o mesmo daria uma de duas coisas:

a) uma empresa única que tivesse conseguido aniquilar toda a concorrência e estabelecer-se num regime despotista (e era um dos possiveis fim do próprio capitalismo)

b) várias empresas com os seus "quintais" bem definidos, a tentarem-se roubar só mais uma "árvore" ao "quintal" vizinho. De qualquer maneira, haveria uma tendência para uma estagnação mais ou menos geral já que uma árvore não faria o mundo andar para a frente, significativamente. De qualquer maneira, seria um capitalismo abrandado, com territórios mais ou menos bem definidos e sem a "sede" capitalista no seu auge.

Fosse por onde fosse, o capitalismo tal como o concebemos estava arruinado e tenho a certeza que há por aí pensadores que o previram em tempo útil e não agora olhando para o mundo, como eu.


Acontece que eu não acho isto excessivamente importante. Porquê? Porque há já vários anos que a educação e os valores que se dão ao jovens (tipo remédio) não são os mesmos que alimentam o regime capitalista, pura e duramente.

Ora reparem, os vossos pais provavelmente trabalham em algo que surgiu como seguimento natural daquilo que os vossos avós faziam. Se assim não foi, então quase de certeza que os vossos avós trabalharam em algo que surgiu no seguimento daquilo que os vossos bisavós faziam. Mas, provavelmente, connvosco a conversa foi diferente.

Comigo foi. Havia aquela conversa que não houve com o meu pai nem com a minha mãe. No meu caso foi-me feita por toda a gente mas destaco a conversa do meu pai. Era qualquer coisa assim: "Sofia, tu tens que seguir aquilo que queres fazer. Para te sentires realizada, tens que seguir a tua vocação... mas o pai gostava muito que fosses para Direito."

Tirando a última parte, aqui contada por piada, no tempo em que eu tive que seguir um curso estava (e está) em voga um conceito muito importante que na altura do meu pai nem se pôs em cima da mesa: Vocação.

A possibilidade de se fazer uma coisa que realmente se gosta põe em causa - na minha perspectiva - o sistema capitalista. Já não se trabalha para conseguir atingir o máximo lucro, agora trabalha-se para se conseguir o máximo valor e ter o máximo impacto, com a maior realização pessoal e profissional possivel. Assim sendo, adicionou-se a questão dos valores e da ética que limitam o capitalismo. Se isto já acontecia antes, ou se a sociedade já valorizava isto no mundo das empresas, agora sserão as pessoas das empresas que põe realmente esta questões em jogo de uma maneira mais real do que a de "parecer bem para o consumidor".

Não sei se causa, se efeito. Não sei onde começou esta tendência, se na origem da falha do capitalismo ou se deu origem à falha capitalista - se a anteveu ou se apareceu depois como consequência... sei que neste momento as duas coisas confluem para um caminho único que, apesar de ainda não se saber muito bem qual é, parece mais acertado.

E pronto... era isto que eu queria dizer hoje, depois de uma conversa com uma pessoa cuja temperatura corporal é inferior à do mundo e que me ajudou a materializar este raciocínio. (private joke)

:p

terça-feira, janeiro 20, 2009

Aviso Geral

"Devido às quedas de bancos, queda nas bolsas, cortes no orçamento, à crise nos combustíveis e pelo racionamento mundial de energia, informamos que a famosa "luz ao fundo do túnel", está temporariamente desligada".

terça-feira, janeiro 06, 2009

Movimento "I'm not Afraid"

Recentemente (tipo mesmo agora) criei estes crachás no facebook, numa aplicação muito querida que me permite fazer uploads de fotos e "aplica-os" sobre crachás. Dá-lhes o efeito, vá.




Infelizmente ficaram pequenos, pelo que ponho as imagens originais que foram "uploadas".




Esta tem sido uma ideia que me anda a pairar em cima e que explicarei melhor num futuro post... tipo, amanhã, se tiver tempo.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Inovação Vs Transformação Vs Construção

Diz o senhor deste blog que a inovação morreu. Tem piada, ultimamente há muita coisa a "morrer" por aí e, as que não morrem já tem o fim anunciado. Casos da blogosfera e do twitter, mas isto nada tem a ver com a posta que quero arriscar.

Onde eu quase concordo com ele é quando acho que já não é muito inovador inovar. Tal como agora assistimos a vários RIP's por aí, no último ano (ou dois..?) a palavra de ordem era "inovar, inovar, inovar". E antes, a da mudança rápida, muito rápida, o mainstream, os early adopters, já está tudo noutra, tudo a mudar a mudança que mudou.

Que eu saiba o marketing está em mudança desde que nasceu. É normal o marketing estar a mudar, sempre esteve. Daí eu gostar tanto da área... (Bem, esta vai existir para sempre. Tal como espero que a inovação continue a existir, mas sem euforias. Apenas com adequação real...)

Enfim, continua o autor do artigo a dizer que "ah e tal, agora a palavra de ordem é "transformação". Vamos transformar, que tem mais força e é mais consistente."

E aqui eu não concordo com ele.

Entretida entre fios de pensamentos, parece-me que a maior herança que a "já morta" inovação nos deixou foi uma pseudo-esquizofrenia nas marcas. E, sinceramente, transformá-las sucessivamente, ainda que tenha o seu quê de adaptação à mudança, parece-me continuar a esquizofrenia... pelo que proponho é uma Construção como pilar base. A partir dessa Construção Central, então depois adaptem-se ao que fizer sentido, da forma lógica de o fazer. Mas, para já, encontrarem-se primeiro com o que são e definirem melhor o que querem ser... para não se "esquizofrenarem" outra vez.


(yeah, o meu primeiro post sério sobre profissional business. Não sei se haverá mais, não. Se houver, será uma coisa natural e não planeada - para fugir um bocadinho à estratégia e planeamento do horário de trabalho... que o meu blog tem anos suficientes para não ser instrumentalizado.)

Trepar por um poema

Daria uma bela imagem metafórica mas, curiosamente, parece-me que as metáforas começam a ser ameaçadas de extinção, com tudo a tornar-se literal.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Lisboa quando chove.

Lisboa com chuva é caótica.
Lisboa com chuva é cinzenta com reflexos de preto e prateado.

As pessoas fazem "cara de chuva", pescoço encolhido, rugas bem marcadas e lábios apertados. Do Tejo p'ra lá é só branco, em Lisboa quando chove.

Lembro-me da professora da primária, zangada, porque "não há branco na natureza, não podes pintar o céu só lá em cima, tem que se juntar até ao verde da terra, na natureza não há branco". Quase podia pensar que do lado de lá do Tejo não há natureza, não há nada. Tenho mais sorte do que isso, do lado de lá do Tejo há um mundo, há a minha casa, há um sem número de gentes e costumes que não fazem cara de chuva quando chove.

Não desgosto desta Lisboa molhada, desta cidade com ritmo e velocidade mas que não é frenética. Não desgosto sobretudo porque não sou de cá e, em Lisboa quando chove, não faço cara de chuva.