segunda-feira, agosto 01, 2005

Filosofia ou teoria dos puns.

Sim, "puns" de ventosidade sonora expelida pelo ânus. É mesmo isso que estão a pensar. Ora bem, há vários tipos de puns, como é do conhecimento de todo aquele que tenha os intestinos funcionais. Há os ditos puns, que encontram o sentido nominal do barulho com que se fazem sair; há as bufas, que saem à traição, sem se fazerem ouvir mas fazendo-se sentir com muita intensidade a nivel olfactivo... há os que "saem com molho", expressão que não tentar explicar, há as cadeias de puns que se assemelham a uma metralhadora... bom, há alguns tipos de ventosidades expelidas pelo ânus mas este post não tem como objectivo analisar as suas variantes. Tem sim como objectivo analisar as relações humanas baseando-se para isso nos puns.

As bufas, porque são dadas à traição, não nos interessam para o caso. O expelidor desta ventosidade pode passar facilmente incólume. Assim, sem assumir as suas consequências, este acto não tem a dignidade dos sonoros puns. São estes os que nos interessam.

Tenho cá para mim uma teoria definida de que, quando há amizade real e forte entre duas pessoas, esta amizade é demostrada através dos puns. Ninguém dá puns sonoros ao pé de quem não conhece bem, ao pé de quem não confia ou ao pé de quem não gosta. Mas suponho que há muita gente que, à minha semelhança, se está com um grupo de amigos chegados e lá aparece aquela vontade, avisa "pessoal, ai vem a minha demonstração de carinho e amizade!" Puufff.

A sério, acredito que para os mais sensíveis e nojentinhos isto possa soar um bocadinho estranho... Mas pensem um pouco sobre o assunto. O sítio oficialmente definido para expelir as ventosidades anais é a casa-de-banho. Tudo bem, ninguém diz que não. Mas... e as casas de banho públicas? Quem, de perfeito juízo e perfeitas condições musculares anais, tem àvontade suficiente para expelir uma ventosidade sonora numa casa de banho pública sabendo que há gente desconhecida no mesmo espaço e que estas casas de banho não são de todo isolantes de som? Pois é. Mas está-se no sítio certo. Mas tem-se gente desconhecida à volta que rapidamente se dá conta do sucedido.

Assim, os puns são algo que só se partilha com as pessoas com quem mais temos confiança. Acima de tudo é uma questão de confiança. De cumplicidade mútua. Da próxima vez que alguém der um pum ao pé de vocês, alegrem-se porque a partir desse dia está provada a vossa intimidade, confiança, amizade e verdadeiro carinho. E as duas partes sabem-no.

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