segunda-feira, outubro 30, 2006

Desculpas e motivos - Convite

Porque é que temos que ter sempre uma razão para juntar os nossos amigos à roda da fogueira?

Dia 1 de Dezembro é feriado, seguido de fim-de-semana. Parece-me motivo e desculpa mais do que suficiente para vos convidar para irmos passar o big weekend todos juntinhos à roda da lareira (que fogueiras dentro de casa não são aconselháveis).

Assim sendo gostaria de contar com a malta já habitual a estas andaças e ainda algumas estreias. Malta do S. Mateus, dos campos de férias, da escolinha, do mundo - amigos e amigas - baza todos ir?

Gostaria de ter assim uma ideia de gente a achar que sim, que era bacano, que dava, que gostava... de modo que para motivos de approach, um comment a dizer "count me in" ou um mail seria simpatico, para se fazer contas à vida.

Vou mandar mails de convite. a ver se a ideia desenvolve e vai pá frente.

(porque a ideia é boa, o texto tá fracote que eu hoje não tou inspirada).

segunda-feira, outubro 23, 2006

coisas que marcam

Histeria total na perspectiva do fim-de-semana que se avizinha. Sim, sim, eu sei que ainda hoje é segunda-feira mas é que há programas tão bons, tão bons, tão bons, que do bons que são nos deixam assim: a contar as horas, os minutos, os segundos que faltam até passar uma semana quase inteira.

O programa cujo vislumbre de viabilidade faz tremer o meu ser em pura excitação? TRECOS!!

Mais do que isso: o reencontro. Ah, todas as bazófias ditas à boca do trombone, todos os jogos jogados em que se tentaram apurar vencedores, vencidos, heróis, reis e rainhas deste jogo de intelecto. Agora, nesta nova fase em que não nos defrontamos todos os dias, cada jogo de trecos surge como o último, o derradeiro, o grande apurador de todos os superlativos imputados a uma e só uma pessoa (ou equipa, ok, duas pessoas).

Sempre ouvi dizer que ah e tal, aproveita bem o tempo de estudante que depois sentes falta dele. Não sinto muito. Não sinto falta das aulas. Não sinto falta dos testes. Não sinto falta do bar da ucp, nem dos profes, nem dos coleguinhas que perfaziam a minha turma. Não sinto falta dos jantares de turma, não sinto falta das galas das univ's. Sinto falta dos trecos.

Merda. A minha vida universitária resume-se aos trecos. Enfim, são as coisas que marcam. Em calos.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Eles levantam-se contentes e de dedo espetado, sabedores da vida e da experiência, autênticos D. Sebastiões salvadores com os bolsos cheios de dinheiro.

Nós vemos e apontamos, dizemos que é disto e daquilo e do outro e de mais não sei o quê e nunca nos preocupamos em ir averiguar a verdade.

Eles exigem e prometem, nós dizemos que sim e ouvimos e vemos, se faz é porque ficou mal feito, se não faz, menos trabalho, não fez mesmo.

Eles não sabem que pertecem a eles. Sabem que deixaram de ser nós mas acham todos que são diferentes dos outros eles e nós, nós pra nós sabemos que eles são todos iguais e nunca nos preocupamos em saber se nós somos diferentes.

Nós se fossemos eles éramos eles mesmo. E eles, se fossem nós, será que também eram mesmo nós? É que sim, eles são um bocadinho mais do que nós porque já foram nós mas passaram a ser eles por vontade própria. Nós nunca deixamos de ser nós (pelo menos ainda!) e continuamos exactamente com a postura do nós que os critica.

E agora?

(pa kem n percebeu nada vá a www.meu-mundo-cor-de-rosa.blogspot.com e leia os comentários do último post q eu escrevi e se mesmo assim não perceber... bem, então que vá comer palha!)

terça-feira, outubro 03, 2006

A saga do pêlo varrido

Sempre nos disseram que o tempo tudo cura – mas nunca nos dizem quanto tempo é. Já lá vai mais do que o tempo que achei que ia ser suficiente mas continua a doer-me na alma olhar para um qualquer feixe de luz que espreita incauto pelas frisas da persiana e não vislumbrar um ou dois pêlos amarelo-reluzente a boiar no ar agitado por uma cauda-chicote.

O dia decisivo: “toma lá 2 pares de calças, um livro e dá cá o cão. Agora trabalhas e não tens tempo para ele”. E não tinha, e não tenho, e fiquei lida e vestida, escrava capitalista cavando com as mãos o meu lugar ao sol e sem cão. Agora sinto-lhe a falta no pêlo – sinto-lhe até a falta do pêlo e os dias passam cinzentos apenas mais animados pela voz meiguinha da minha paulinha – Gabriela Paulinha dos Santos (GPS) que me vai dizendo em doce tom autoritário “vire à esquerda” “Vire à direita” enquanto eu lhe desabafo minhas mágoas e dores. Ela ouve e comenta “Na rotunda siga em frente, segunda saída” e eu sei que neste tom de quem manda está o segredo da vida que continua. A minha Paulinha tem razão, para a frente é que é caminho mas é ao lado (a 200km para o lado!) que o meu cão saltita e pulula alegre e feliz, perseguindo ovelhas e galinhas enquanto os meus dias continuam sem alergias nem pêlos no chão da casa.

Um dia destes vou-te buscar de volta – assim que tiver tempo de novo!