Há uma hora certa que começou a sair gente para a rua. Há uma hora certa que olhas a janela e te recusas a abandonar o quentinho dos cobertores.
5 mil éguas.
Há uma hora certa que a rua fervilha de gentes aos encontrões em outras gentes - metros, autocarros, cafés, conversas, dentes brancos sorridentes, caras cinzentas e fechadas, correrias, atrasos.
10 mil éguas.
Mais tempo, mais gente, mais corrida. Gente que se encontra e se cumprimenta, gente que se desencontra e que não tenta, gente que tenta, desatenta.
15 mil éguas.
Um mundo que gira cheio de gente gira que suspira, que atira ao calhas, tu que falhas ou não falhas, tu que sentes, que te mentes, que desatinas, atas e desatas, tu que estás sem estar.
20 mil éguas.
Afinal, o que te falta?
Súfocas, súbmerges, súbmarinas?
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