O fumo que se desprende lentamente do cigarro, sobe e confunde-se com o ar, desaparece, desvanece... Quase, na roupa sobra o cheiro a tabaco e a alcool, restos da noite feita em estilhaços, frases soltas que ecoam no silêncio que rodeia um vulto, as quatro paredes imaculadamente brancas, os risos da fragilidade da memória, o olhar sarcástico e penoso, ao mesmo tempo, como quem goza com as artimanhas do esquecimento, só vultos em volta, difusos, confusos, encontrados.
Rende-se lentamente ao esquecimento que lhe apontam, entrega-se devagar ao desvanecimento que não consegue, não é fumo, pudesse sê-lo.
Já fomos, já deixamos de ser, talvez estejamos de volta. Poderá ser o regresso do mito. O mito que nunca o foi.
quarta-feira, junho 13, 2007
Estilhaços
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