há muito que se perderam as nuvens coloridas dos sonhos que se realizaram. Às vitórias pessoais juntam-se as sujidades próprias e as alheias - na guerra há sempre mortos e nenhuma guerra pode ter vencedores quando há vítimas a lamentar.
Nem sequer podemos brandar aos céus que nos esquecemos do sentido, nunca o soubemos mas talvez estejamos esquecidos de o procurar. Ou então limitámonos a entregar armas e desistir dessa luta para sujarmos as mãos em batalhas menores.
Que psicologia se esconde por trás da desistência? Que fica após da entrega de armas e da recusa em nos entregarmos ao que quer que seja?
As cores da moda primam pelos fosforescentes quando na verdade há muito que nos rendemos aos pastéis - e nem assim encontrámos o equilíbrio.
A vida não é para se viver, é para se ir vivendo. Razão tem aquele que diz coisas estranhas que ninguém sabe o que querem dizer. E a arte da vida continua a ser a habilidade que cada um tem de gozar consigo próprio - depois de ter gozado com todos os outros. Mesmo, ou especialmente, quando o próprio não sabe bem o que quis dizer. Desde, claro, que não mostre isso aos outros.
(Foi esse o meu erro consciente e a minha vitória anunciada!)
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