Já fomos, já deixamos de ser, talvez estejamos de volta. Poderá ser o regresso do mito. O mito que nunca o foi.
quinta-feira, junho 23, 2005
Divaguei!..
Conheço de cor a côr dos dias em que não estás. As sombras que me assombram o acordar quando pergunto ao vento se me pode trazer um bocadinho do teu cheiro a mar. A terra gira e nesse girar enterrou o que fomos quando decidiste ir embora e levaste contigo parte do que eu era. Como uma hera que se enrola às grades ou àrvores e que depois se tenta agarrar no vazio. Já nem tento, deixo-me ficar de barriga para cima a olhar as nuvens que passam, a ouvir o bater das ondas na areia. Se vejo um pôr-do-sol encontro o teu nome escrito nas àguas agitadas. Deixo-me ficar, há muito tempo que não tenho nada a perder. Consigo até sorrir nos dias iguais que ficaram da tua ausência. Deixo os dedos brincando com a areia, deixo-me ficar a preguiçar. Não tenho nada a perder, tirar-me tudo foi o melhor ganho que me deixaste.
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