quarta-feira, julho 27, 2005

Apelo de participação:

Colegas, companheiros, amigos, palhaços, leitores, bloguistas e blogantes... mundo inteiro que me lê, estou com uma dúvida existencial que me consome, corrói, destrói por dentro e por fora. Ok, estou a exagerar mas queria muito muito MUITO a vossa opinião.

O assunto é este: Numa entrevista, como deve ser feita a passagem para o papel? É suposto transcrever as coisas como foram ditas, ou posso "compôr" a mensagem?

No caso de o entrevistado entrar em incoerências, dizer coisas politicamente incorrectas ou que poderiam causar polémica, é suposto o jornalista "aligeirar" a coisa? E quando ele responde uma coisa numa pergunta e depois está a responder outra coisa mais ou menos parecida mas que não é a mesma coisa, é suposto o jornalista manter o que acha que ele quer dizer ou mostrar a incoêrencia?

Se um entrevistado tem dificuldades expressivas, deve o jornalista fazer passar a mensagem como o entrevistado quer ou manter-se fiel ao que foi dito? Ou seja, o jornalista deve escrever o que o entrevistado quer dizer ou o que ele disse?

Ou seja, imagine-se que alguém compra assim uma coisa grande numa terra pequena, grita aos quatro ventos que vai investir aí e tal, que aquilo é bom para dinamizar a terra pequena e isso tudo e, às tantas, diz que em termos de obras de recuperação vai "fazer o mínimo possível até porque é suposto o imóvel adquirido manter o cariz original". A frase é deste tipo, deve o jornalista transcrevê-la exactamente assim ou passar para o papel que "as obras de recuperação vão tentar manter o cariz original"? Note-se que a cena do "minimo possivel" ainda faz alguma diferença... este é só um exemplo prático. Comentem, discutam, divaguem... acendam-me algumas luzes!

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