quarta-feira, julho 20, 2005

Continuando com a saga "Era uma vez"

Era uma vez o marido da Cinderela, já vocês sabem, famoso Príncipe Encantado e cheio de Encantos também. Ora o Príncipe Encantado da Cinderela, sendo pois personagem de uma história de contos, era grande amigo do Robin dos Bosques. Acontece pois que as histórias de encantar com príncipes encantados contam-nos a parte do princípio, a aventura em si, aquilo que nos faz sonhar e que não acontece todos os dias. Ora acontece também que, a menos que as personagens morram durante as narrativas (caso subtil da maioria das bruxas), as personagens continuam vivendo, mais alegres e felizes nuns momentos, com outros problemas nos outros.

Ora pois bem, o resto da história não contada que vos vou contar não é uma história de fraldas, chupetas, cansaços de mães que se desdobram em vinte, brigas de adolescentes nem nada do género. E não é destes temas por duas razões: primeiro seria básico se assim fosse. Ideia batida e mastigada e já se sabe que eu tenho preferência por outro tipo de ideias... tipo mistas! (ihihi, g'anda trocadilho Sú!!). E a segunda razão é porque a Cinderela e o Príncipe encantado não poderiam constar desse tipo de histórias porque, apesar de já casados ainda não foram agraciados com a benção de pequenos histéricos rebentos a chorarem e a guincharem pelos cantos da casa exigindo o novo jogo da playstation ou afins.

E também não é uma história sobre infidelidade porque o Príncipe confiava a cem por cento na Cinderela. A sério. Confiava mesmo.

Bom, voltando ao princípio da história, estava o Príncipe Encantado (P) a falar com o amigo Robin (R):

P - Mas é que... quero dizer... antes estava tudo bem, nem sequer tinha motivos para me preocupar...
R - Então? Que se passa agora?
P - Bom... sabes... quando a Cnderela e eu começamos a andar e isso eu descobri que ela usava cuecas fio dental...
R - Sim, eu sei, e...?
P - E prontos, já sabes, naquela altura quem usava cuecas fio dental era considerada instântaneamente como "devassa" para não dizer outras coisas.
R - Sim, putas. Desembuxa lá!
P - Pois, é isso. Ora eu já conhecia bem a Cinderela nessa altura, foi uma beca estranho mas nada de muito importante. E depois pensei que, enquanto ela usasse cuecas fio dental estava tudo bem, afinal, não se iria atrever a despir em frente a qualquer um e a aparecer com ar de puta, que ela não é. Causava má impressão.
R - Portanto a confiança que tens na tua mulher advém das cuecas que ela usa?
P - Não... Sim... bom, é mais ou menos isso sim. O que acontece é que agora parece que as cuecas fio dental ficaram na moda e já ninguém acha escabroso como achávamos nós na nossa altura!
R - E portanto deixaste de ter motivos para confiar na tua mulher? Tipo, "diz-me que cuecas usas e dir-te-ei quem és"?
P - Sim, tens razão, é pavoíce minha... deixa lá.

E foram-se embora, cada um para seu lado. Só ao chegar a casa se deu conta, o afamado Príncipe, de uma inquietante questão. Decidiu então telefonar ao seu amigo para de novo voltar ao mesmo assunto.

P - Olha lá... quando eu te disse que a Cinderela usava cuecas fio dental... o que é que quiseste dizer com "eu sei"??

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